(Bio)políticas públicas a pessoas que vivem com hiv/aids por uma ótica queer e desconstrucionista: desafios e iniquidades
DOI:
https://doi.org/10.1590/Palavras-chave:
HIV/AIDS, APS, RAS, Biopolítica, QueerResumo
Este trabalho apresenta uma revisão crítica das políticas e ações público-governamentais no que tange ao enfrentamento da epidemia HIV/AIDS no Brasil. Apoia-se principalmente sobre orientações, documentos, relatórios e boletins do Ministério da Saúde, analisados por uma ótica queer e desconstrucionista consciente e crítica no que concerne à inserção de sujeitos historicamente marginalizados em políticas e serviços públicos de saúde no país. Pretende-se discutir e relacionar a imbricação entre o biopoder, as necropolíticas e o microcosmo da teoria queer no que diz respeito especialmente a práticas sexuais dissidentes. Analisando o acesso e a equidade em saúde, e afunilando para dados qualitativos e quantitativos das atividades de promoção e prevenção em saúde realizadas pelos Centros de Acolhimento Temporários (CTAs) e pelas Redes de Atenção à Saúde (RAS), surge uma breve elaboração teórica sobre as temáticas mencionadas, embasadas por discussões que perpassam a obra foucaultiana e sua influência sobre Teoria Queer e análises biopolíticas. Indivíduos que são considerados população-chave nas bases de estratégias preventivas continuam sendo negligenciados pelas políticas públicas ou enfrentam dificuldades no acesso aos serviços de saúde. Essas grandes contradições podem estar contribuindo para o aumento significativo no número de novas infecções pelo HIV/AIDS entre segmentos demográficos mais suscetíveis e vulneráveis socioeconômica-política-culturalmente.
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