Estresse e Modos de Andar a Vida: uma contribuição de Canguilhem para a compreensão da Síndrome Geral de Adaptação
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-12902012000300022Palavras-chave:
Estresse fisiológico, Condições Sociais, Síndrome Geral de Adaptação, Etnografia, EpidemiologiaResumo
Com a ajuda de Canguilhem - para quem "homem e meio, considerados separadamente, não podem ser normais" - empreendemos uma etnografia em um condomínio da cidade de São Paulo tendo como parâmetro a noção de normatividade, segundo a qual os organismos, em suas interações com as infidelidades do meio, elaboram normas de adaptação. Ao longo de seis meses, dialogamos com 16 moradores a respeito de suas atividades de vida diária e de suas maneiras de interpretar e enfrentar eventos considerados estressantes. Dada a estreita associação com as condições de vida desses moradores, a abordagem mostrou-se adequada para apreender a multiplicidade de sensações apontadas pelos entrevistados. Para adequar a análise à ideia canguilheniana de que "vida é polaridade", traduzimos essas sensações em categorias "frustrantes" e "gratificantes" e as consideramos maneiras de engendrar modos de andar a vida. Assim, pudemos perceber que eventos considerados prazerosos ou dolorosos e referidos de modo difuso e não específico, podem desencadear desordens adaptativas muitas vezes interpretadas como estresse por aqueles que os vivenciam.Downloads
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Publicado
2012-09-01
Edição
Seção
Artigos de pesquisa original
Como Citar
Santos, M. T. F. dos, & Gomes, M. H. de A. (2012). Estresse e Modos de Andar a Vida: uma contribuição de Canguilhem para a compreensão da Síndrome Geral de Adaptação. Saúde E Sociedade, 21(3), 788-796. https://doi.org/10.1590/S0104-12902012000300022