Pneumoconioses: estudo descritivo de aspectos epidemiológicos nas notificações registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no Estado de São Paulo, no período 2017-2019
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v26i1p36-45Palavras-chave:
Pneumoconiose, Saúde do Trabalhador, Vigilância em Saúde do Trabalhador, Notificação de DoençasResumo
Introdução: As pneumoconioses correspondem a um grupo de doenças causadas pela inalação e acúmulo de poeira nos pulmões relacionado ao ambiente de trabalho. No âmbito mundial, o número de casos desta patologia aumentou em 66,0% de 1990 a 2017. Objetivo: Descrever dados epidemiológicos notificados e relacionados ao acometimento dos trabalhadores por pneumoconioses, no período de 2017 a 2019, no estado de São Paulo. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo que aborda informações sociodemográficas e profissionais dos casos de pneumoconioses notificados no estado entre 2017 a 2019. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Resultados: Houve 721 notificações de pneumoconiose, com uma média de 240 casos/ano. A doença foi mais frequente em homens de 50 a 64 anos. Quanto à situação no mercado de trabalho, 73,6% dos casos ocorreram em trabalhadores registrados. A ocupação mais frequente foi servente de obras; já o ramo de atividade econômica foi o de fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque. Entre os agentes causadores, o asbesto predominou (77,3%), seguido da sílica e da poeira mista. A maioria dos tratamentos ocorreu em regime ambulatorial, mas foram os hospitais e Centros de Referência em Saúde do Trabalhador os maiores notificadores. Considerando os Grupos de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, observou-se o predomínio de Santo André, região com 480 notificações no período estudado. Conclusão: São necessários esforços na conscientização da importância da notificação para a construção e implantação de linha de cuidado que contemple as peculiaridades desta grave doença ocupacional.
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