Fadiga e seu impacto na morbimortalidade de motoristas profissionais: uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v29i2e-235281Palavras-chave:
Condução de Veículo, Acidentes de Trânsito, Fadiga, Acidentes de Trabalho, Saúde OcupacionalResumo
Introdução: O modal rodoviário é o mais utilizado no Brasil, e o transporte rodoviário de cargas é um dos setores que lideram o ranking nacional em aposentadorias por invalidez e óbitos decorrentes de acidentes e doenças do trabalho. Fadiga é um sintoma complexo, que abrange alterações cognitivas e emocionais, com etiologia multifatorial de causas orgânicas e psíquicas, incluindo os distúrbios do sono. Objetivos: Discutir a associação entre fadiga e acidentes envolvendo condutores profissionais. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica com busca nas bases de dados Cochrane Library, LILACS, PubMed e SciELO, utilizando os descritores em saúde (DeCS/MeSH) e booleanos “AND” e “OR”. Foram incluídos os artigos publicados entre 2013 e 2023, em português ou inglês. Resultados: Dos 112 artigos resultantes das buscas, 14 foram selecionados. O total de tempo dirigindo foi o fator de risco para acidentes de trânsito mais citado nos artigos (42%), seguido por menor tempo de experiência profissional (28%). Além desses, o sexo masculino, presença de estresse psíquico, de alterações orgânicas e de distúrbios do sono foram mencionados como fatores de risco em 21% dos estudos. O investimento em treinamentos, especialmente em práticas seguras de direção, foi o principal fator contribuinte para a diminuição do risco de acidentes de trabalho nos condutores de veículos profissionais, sendo explorado por 57% dos estudos selecionados. Conclusão: Há consenso na literatura sobre o papel da fadiga como determinante de doenças, agravos à saúde, sequelas e morte em motoristas profissionais.
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