Eros: do espetáculo ao erotismo que ainda aguarda um espectador

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2024.226856

Palavras-chave:

espetáculo, cinema brasileiro contemporâneo, intimidade

Resumo

O artigo analisa o filme Eros, de 2024, dirigido por Rachel Daysi. O filme é feito a partir da montagem de imagens captadas com a constituição de um dispositivo: a diretora pediu a pessoas que filmassem suas “intimidades” em motéis. Busca-se mostrar como o filme revela as mutações contemporâneas da noção de intimidade, bem como os limites entre as imagens amadoras da vida privada e o espetáculo. Além do mais, enfatiza-se como, em Eros, o gênero feminino funciona como um elemento que desestabiliza certa hierarquia da distribuição dos olhares e o modo de elaboração de dispositivos no documentário brasileiro recente.

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Biografia do Autor

  • Artur Seidel, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Técnico de som e pesquisador. Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

  • Maria Bogado, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Crítica, professora e pesquisadora de cinema e cultura. Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professora substituta da Escola de Comunicação da UFRJ.

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Publicado

2024-03-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Seidel, A., & Bogado, M. (2024). Eros: do espetáculo ao erotismo que ainda aguarda um espectador. Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 51, 1-21. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2024.226856