Eros: do espetáculo ao erotismo que ainda aguarda um espectador
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2024.226856Palavras-chave:
espetáculo, cinema brasileiro contemporâneo, intimidadeResumo
O artigo analisa o filme Eros, de 2024, dirigido por Rachel Daysi. O filme é feito a partir da montagem de imagens captadas com a constituição de um dispositivo: a diretora pediu a pessoas que filmassem suas “intimidades” em motéis. Busca-se mostrar como o filme revela as mutações contemporâneas da noção de intimidade, bem como os limites entre as imagens amadoras da vida privada e o espetáculo. Além do mais, enfatiza-se como, em Eros, o gênero feminino funciona como um elemento que desestabiliza certa hierarquia da distribuição dos olhares e o modo de elaboração de dispositivos no documentário brasileiro recente.
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