Arte de rua em casa: o consumo de obras que remetem à pichação

Autores

  • Letícia Couto Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Silvio Sato Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-5057.v14i1e195479

Palavras-chave:

Arte de rua, Pichação, Consumo de arte, Rituais de consumo, Significado deslocado

Resumo

Este artigo reflete sobre as motivações para o consumo de obras de arte que remetem à pichação a partir da articulação teórica de autores das áreas do consumo, arte e psicanálise. Foram entrevistados dois galeristas e quatro consumidores, a fim de identificar possíveis rituais de consumo. Percebeu-se que esse tipo de aquisição e posse é uma forma de o consumidor se aproximar de significados associados à arte de rua, como transgressão, coragem e liberdade. Isso se dá por meio do significado deslocado, no qual, pela posse desses objetos, os consumidores tentariam incorporar tais características e mostrar que são capazes de entender e dialogar com esses artistas que se utilizam da pichação para conseguir visibilidade e inclusão na sociedade.

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Biografia do Autor

  • Letícia Couto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UERJ. Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo – pela PUC-Rio (2005), pós-graduada pelo FGV-Rio em Marketing (2007) e em Marketing Digital (2012), com especialização em Gestão de Varejo pelo Coppead-UFRJ (2010) e Cultura Material e Consumo pela ECA-USP (2020). Atualmente é coordenadora de comunicação na área de responsabilidade social na Claro e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Comunicação, Arte e Cidade (UERJ). Tem experiência na área de comunicação e marketing, com ênfase em comunicação, branding, marketing e responsabilidade social.

  • Silvio Sato, Universidade de São Paulo

    Doutor em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, com período de doutorado-sanduíche na Universidade Católica Portuguesa, Porto, Portugal (bolsista Capes). Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP. Possui especialização em Administração de Empresas pela EAESP – FGV, com ênfase em Marketing e Mídia pela Universidade do Texas, Austin, e EAESP – FGV-SP, com período de intercâmbio internacional no MBA da HEC, França. Graduado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela ESPM. Leciona nos cursos de graduação em Publicidade e Propaganda e Administração de Empresas da ESPM, e nos cursos de Publicidade e Propaganda e Relações Públicas da FAAP. Leciona nos cursos de especialização da ECA-USP: Gestão Integrada da Comunicação Digital (Digicorp), Estética e Gestão da Moda (EGM) e Cultura Material e Consumo (CMC). É pesquisador do GESC3 – Grupo de Estudos Semióticos em Comunicação, Cultura e Consumo da ECA-USP. Autor do livro Signos da mobilidade: marcas e consumo na cultura digital, pela Editora Appris (2017), e coorganizador do livro Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima (2015). Desenvolveu carreira profissional como executivo das áreas de branding, comunicação e marketing, com passagens por agências e anunciantes. Atualmente, é pesquisador e sócio-fundador da Casa Semio, consultoria de pesquisa de mercado e comunicação que desenvolve projetos que envolvem semiótica, marca e tendências de consumo.

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Publicado

2022-11-03

Como Citar

COUTO, Letícia Lima de Carvalho; SATO, Silvio. Arte de rua em casa: o consumo de obras que remetem à pichação. Signos do Consumo, [S. l.], v. 14, n. 1, p. e195479, 2022. DOI: 10.11606/issn.1984-5057.v14i1e195479. Disponível em: https://revistas.usp.br/signosdoconsumo/article/view/195479.. Acesso em: 21 dez. 2024.