A modalidade tradutória audiodescrição poética como prática, recurso e arte
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v48.223961Parole chiave:
Tradução, acessibilidade, audiodescrição poéticaAbstract
Este artigo objetiva analisar o trabalho de Audiodescrição poética (ADp) proposto para o livro infantil O Jabuti não tá nem aí (2021), de Itamar Assumpção, com ilustrações de Dalton Paula. O livro faz parte do programa Leia para uma criança, promovido pelo Itaú Social, que disponibiliza livros audiovisuais com múltiplos recursos de acessibilidade. A análise da ADp deste livro, que foi finalista do Prêmio Jabuti e recebeu o selo altamente recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), pretende mostrar como este processo tradutório se materializa como um recurso de acessibilidade para a formação leitora de crianças cegas. Ao considerar que a ADp busca produzir roteiros de audiodescrição como expressão artística (Menezes 2019), legitima-se a existência de processos de expansões de sentido na tradução do visual em verbo-auditivo, além de mobilizar movimentos de expansões interpretativas e sensoriais.
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