Transficcionalidade e adaptações a partir da pintura Moça com brinco de pérola, de Johannes Vermeer
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v49.234489Palavras-chave:
Moça com brinco de pérola, transficcionalidade, adaptação, cânone, recepçãoResumo
Neste trabalho, tratamos da relação transficcional verificada entre a pintura Moça com brinco de pérola, de Johannes Vermeer (1665), o romance homônimo de Tracy Chevalier (2002) e o filme do diretor Peter Webber (2003), considerado como adaptação do romance. Para isso, trabalhamos com o conceito de adaptação de Sanders (2006), definido como uma prática de transposição que imprime um comentário sobre a obra inspiradora e revisa um ponto de vista apresentado por ela. Também nos valemos da ideia de transficcionalidade desenvolvida por Saint-Gelais (2005 e 2011) para tratar do modo como elementos ficcionais de uma obra reaparecem em outros textos. Assim, adaptações contemporâneas parecem comunicar-se com novos públicos através de diferentes combinações, projetando a obra inspiradora.
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