Humor: é possível traduzi-lo e ensinar a traduzi-lo?

Autores

  • John Robert Schmitz Universidade Estadual de Campinas.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.tradterm.1996.49896

Palavras-chave:

Discurso humorístico, Tradução, Taxonomia de humor, Ambigüidade, Piada, Adivinhas.

Resumo

O discurso humorístico, presente provavelmente em todas as culturas e sociedades, oferece problemas e dificuldades para o tradutor. O humor em muitas trocas conversacionais contribui para a solidariedade e aumenta o grau de envolvimento entre os locutores que participam da interação. O estudo do humor por parte de alunos de tradução, especialmente em cursos de graduação, possibilita o aprofundamento da sensibilidade lingüística e cultural dos mesmos. A resposta à pergunta se é possível traduzir o humor é: em termos. Quando o humor depende do contexto ou da situação, não existe problema na tradução de piadas e chistes. Todavia, quando se trata de humor que envolva ambigüidade fonológica, semântica ou sintática, é mais difícil traduzir, devido às diferenças estruturais entre a língua de partida e a língua de chegada. Cumpre observar que o critério para a tradução de piadas de uma determinada língua para outra não deve ser baseado na reconstrução de um determinado texto humorístico original. O essencial não é a fidelidade ao texto original mas o comprometimento de (re)criar um efeito humorístico na língua de chegada. Sugere-se que o estudo do humor em cursos de tradução para alunos de graduação apresente uma excelente oportunidade para aprofundar não somente a sensibilidade lingüística mas também a conscientização intercultural dos aprendizes.

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Publicado

1996-12-18

Edição

Seção

Tradução

Como Citar

Schmitz, J. R. (1996). Humor: é possível traduzi-lo e ensinar a traduzi-lo?. Tradterm, 3, 87-97. https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.tradterm.1996.49896