Os Anarquistas: Duas Gerações Distanciadas

Autor/innen

  • Azis Simão Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/ts.v1i1.83320

Schlagwörter:

Anarquismo - Brasil, Classes sociais, Estado, Sindicato, Movimentos sociais

Abstract

O ensaio compara dois momentos do anarquismo no Brasil, intervalados por três décadas. Embora o pensamento libertário se tenha preservado em essência, ocorreram alterações quanto à quantidade e origem social dos adeptos, à situação do movimento na sociedade industrial moderna, às relações institucionais e técnicas de ação social. Em termos gerais, o terreno de semeadura do anarquismo passou da classe operária e do sindicato às classes médias e à universidade. Só agora se inicia a formação de algumas minúsculas lgas operárias nos moldes do anarco-sindicalismo. Disto resultam problemas que ferem princípios e práticas elaborados pelo anarquismo originário. Doutra parte, foi rompida a mútua marginalização que no passado se faziam o Estado e o operariado, o que favorecia o anti-estatismo libertário. O ingresso do proletariado no espaço do Estado, através do sindicato oficial e do partido político, sem ressonância naquela classe a conclamação anti-estatal libertária. Bloqueado pelo sindicato único e recusando a organização partidária, o anarquismo tende a ficar no plano dos movimentos sociais.

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Autor/innen-Biografie

  • Azis Simão, Universidade de São Paulo

    Professor emérito da Universidade de São Paulo.

Veröffentlicht

1989-06-01

Ausgabe

Rubrik

Artigos

Zitationsvorschlag

Simão, A. (1989). Os Anarquistas: Duas Gerações Distanciadas. Tempo Social, 1(1), 57-69. https://doi.org/10.1590/ts.v1i1.83320