O alienista: loucura, poder e ciência
DOI:
https://doi.org/10.1590/ts.v5i1/2.84953Schlagwörter:
Ciência, Loucura, Poder, O Alienista, Machado de Assis, PositivismoAbstract
Este artigo analisa o conto de Machado de Assis, O Alienista. Ficção centrada nos delírios de Simão Bacamarte, médico-psiquiatra, nela estão referidas as pretensões e impasses das concepções científicas do século XIX, em particular do Positivismo, que tem vínculos profundos com o nascimento das Ciências Humanas. De um lado, a sede de explicação rigorosa do seu objeto, no caso, a Loucura e, de outro, o direito que se arroga de dizer a verdade a respeito da Loucura e do Louco e de agir sobre ele com plenos e legítimos direitos. A obra de Machado denuncia o vínculo entre ciência e poder bem como a ursurpação, pelo homem de ciência, do direito que cada um tem de dizer a sua própria verdade. O que conduz à ironia final: parece haver mais loucura na pretensão de estabelecer com nitidez a linha divisória entre Razão e Loucura do que em perder-se entre seus supostos limites.
Downloads
Literaturhinweise
ASSIS, Machado de. (1979) O Alienista. In: Obra Completa. Vol. II, Conto e Teatro. Organizada por Afrânio Coutinho, 4ª edição, ilustrada. Rio de Janeiro, Editora Nova Aguilar, p. 253-288.
FOUCAULT, Michel. (1978) História da loucura na Idade Clássica. Trad. de José Teixeira Coelho Netto. São Paulo, Editora Perspectiva.
FOUCAULT, Michel. (1979) Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro, Edições Graal.
FOUCAULT, Michel. (1987) As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. Tradução Salma Tannus Muchail, 4ª edição. São Paulo, Martins Fontes Editora.
Downloads
Veröffentlicht
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 1993 Tempo Social
Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung - Nicht-kommerziell 4.0 International.