De la crisis del cuidado al cuidado como explotación: ¿a quién le importan las trabajadoras del hogar?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2025.238490

Palabras clave:

Trabajo doméstico, cuidado, pandemia, explotación

Resumen

Si bien la pandemia ha reavivado el debate sobre la «crisis del cuidado», en la práctica, poco ha cambiado para las trabajadoras que prestan cuidados remunerados. Consideradas esenciales durante el confinamiento, las trabajadoras del hogar han sufrido un aumento de la jornada laboral, detenciones ilegales en los domicilios de sus empleadores, acoso y violencia. En la pospandemia, sus condiciones de vida y de trabajo siguen siendo precarias, y las desigualdades de género, raciales y de clase que las hacen más vulnerables persisten. Este artículo propone una reflexión sobre la explotación de las trabajadoras del hogar, analizando las continuidades entre el período de la pandemia y el actual. Identifica tres dimensiones que caracterizan el continuo de la explotación: condiciones laborales y protección social, abuso de poder y coerción, y salud y seguridad en el trabajo, y muestra cómo la vida cotidiana de las trabajadoras del hogar se ve atravesada por este continuo, que abarca desde violaciones del trabajo decente hasta casos más graves de esclavitud moderna.

 

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Louisa Acciari, Universidade Federal de Santa Catarina; University College of London

    Pesquisadora Sênior e Codiretora do Centre for Gender and Disaster na University College London (UCL), Pós-doutoranda e Coordenadora Pedagógica do Programa “Trabalho Doméstico Cidadão” na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).  E-mail: l.acciari@ucl.ac.uk

Referencias

Acciari, Louisa. (2019), “Decolonising labour, reclaiming subaltern epistemologies: Brazilian domestic workers and the international struggle for labour rights”. Contexto Internacional, 41 (1): 39-63.

Acciari, Louisa & Brito, Chirlene dos Santos. (2021), “Impactos da crise pandêmica no trabalho doméstico: Velhas causas, novas consequências”. In: Pinto, Cleide Pereira; Acciari, Louisa; Brites, Jurema; Pereira, Luiza Batista; Castro, Mary Garcia & Monticelli, Thays (eds.). Os sindicatos das trabalhadoras domésticas em tempos de pandemia: memórias da resistência. Santa Maria, Facos-ufsm, pp. 32 50.

Acciari, Louisa; Brito, Chirlene dos Santos & Pinto, Cleide Pereira. (2023), “Essential yet excluded: Covid-19 and the decent work deficit for domestic workers in Brazil”. International Labour Review, (163): 1-23.

Araujo, Anna Bárbara; Monticelli, Thays & Acciari, Louisa. (2021), “Trabalho doméstico e de cuidado: Um campo de debate”. Tempo Social, 33 (1): 145-167.

Ávila, Maria Betânia. (2016), “O tempo do trabalho doméstico remunerado: entre cidadania e escravidão”. In: Abreu, Alice Rangel de Paiva; Hirata, Helena & Lombardi, Maria Rosa (eds.). Gênero e trabalho no Brasil e na França: perspectivas internacionais. São Paulo, Boitempo, pp. 137-149.

Banerjee, Supurna & Wilks, Lauren. (2022), “Work in pandemic times: Exploring precarious continuities in paid domestic work in India”. Gender, Work & Organization (n/a).

Bernardino-Costa, Joaze. (2015), Saberes subalternos e decolonialidade: os sindicatos das trabalhadoras domésticas no Brasil. Brasília, UNB.

Bhattacharya, Tithi. (2017), Social reproduction theory: Remapping class, recentering oppression. Edited by Tithi Bhattacharya. Londres, Pluto Press.

Boufkhed, Sabah; Thorogood, Nicki; Ariti, Cono & Durand, Mary Alison. (2022), “Building a better understanding of labour exploitation’s impact on migrant health: An operational framework”. Plos One, 17 (8): e0271890.

Boufkhed, Sabah; Thorogood, Nicki; Ariti, Cono & Durand, Mary Alison. (2024), “‘They treat us like machines’: migrant workers’ conceptual framework of labour exploitation for health research and policy”. Bmj Global Health, 9 (2): e013521.

Castro, Mary Garcia. (1992), “Alquimia de categorias sociais na produçã o dos sujeitos políticos: gênero, raça e geração entre líderes do sindicato de trabalhadores domésticos em Salvador”. Estudos Feministas (0): 57-73.

Costa, Iris & Alves, Pedro. (2 jun. 2025), “Ato marca cinco anos da morte do menino Miguel e pede resolução do caso no tjpe: ‘Se fosse o contrário, caso já estaria resolvido’, diz mãe”. g1 pe. Disponível em https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2025/06/02/ato-marca-5-anos-da-morte-do-menino-miguel.ghtml.

Dieese. (2013), “O emprego doméstico no Brasil”. Estudos e Pesquisas, (68): 1-27.

Dieese. (2021), Trabalho doméstico no Brasil. São Paulo, Dieese.

Dieese. (2023), Trabalho doméstico. São Paulo, Dieese.

“Dossiê covid – As vítimas – Azul de tornassol. Rosana Urbano”, Instituto Walter Leser, https://www.institutowalterleser.org/dossiecovid vitimas-Rosanaurbano.

“Dossiê covid – As vítimas – Cleonice”, Instituto Walter Leser, https://www.institutowalterleser.org/dossiecovid-vitimas-cleonice.

Federici, Silvia. (2004), Caliban and the witch: Women, the body and primitive accumulation. Vol. 1st ed. Nova York, Autonomedia.

“Fenatrad protesta contra decreto no Pará que determina a atividade doméstica como serviço essencial durante a pandemia da covid-19”. (8 maio 2020), Fenatrad, Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas. Disponível em https://fenatrad.org.br/2020/05/08/ fenatrad-protesta-contra-decreto-no-para-que-determina-a-atividade-domestica-como-servico-essencial-durante-a-pandemia-da-covid 19/.

Garcia Castro, Mary & Lourenço, Maria Izabel Monteiro. (2020), “Domestic workers and covid-19 in Brazil: Staging resistance, presenting scenarios and challenges”. Rosa-Luxemburg-Stiftung, 19/05/2020.

Gonzalez, Lélia. (2020). “A mulher negra na sociedade brasileira: Uma abordagem políticoeconômica”. In: Rios, F. & Lima, M. (orgs.), Por um feminismo afro-latino-americano: Ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro, Zahar, pp. 49-64.

Gonzalez, Lélia. (1984), “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. Revista Ciências Sociais Hoje ANPOCS: 223-244.

Guedes, Graciele Pereira & Monçores, Elisa. (2019), “Empregadas domésticas e cuidadoras profissionais: compartilhando as fronteiras da precariedade”. Revista Brasileira de Estudos de População, 36: 1-24.

“Guedes diz que dólar alto é bom: ‘empregada doméstica estava indo para Disney, uma festa danada’”. (12 fev. 2020), O Globo. Disponível em https://oglobo.globo.com/economia/guedes-diz-que-dolar-alto-bom-empregada-domestica-estava-indo-para-disney-uma-festa-danada-24245365.

Guimarães, Nadya Araujo. (2023), “Cuidados: tecendo e desfazendo direitos. Desigualdades sociais e desafios institucionais no Brasil”. Política & Trabalho, (59): 204-225.

Hanley, Jill; Premji, Stephanie; Messing, Karen & Lippel, Katherine. (2010), “Action research for the health and safety of domestic workers in Montreal: Using numbers to tell stories and effect change”. New Solutions: A Journal of Environmental and Occupational Health Policy, 20 (4): 421-39.

Hartviksen, Julia. (2022), “A matrix of violences: the political economy of violences against Mayan women in Guatemala’s Northern Transversal Strip”. International Feminist Journal of Politics, 24 (1): 87-110.

Heringer Pizzinga, Vivian (2021), “Vulnerabilidade e atividades essenciais no contexto da covid-19: reflexões sobre a categoria de trabalhadoras domésticas”. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 46:1-9.

Hirata, Helena. (2016), “Mulheres brasileiras: relações de classe, de “raça” e de gênero no mundo do trabalho”. Confins (Online) (26).

IBGE. (2020), Pnad COVID-19. IBGE.

ILO. (2018), Care work and care jobs for the future of decent work. Geneva, ILO.

LEI n. 10.803/2003. (11 dez. 2003), Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.803.htm.

MEDIDA PROVISÓRIA n. 936, Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. (2020), Congresso Nacional. Disponível em https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas-provisorias/-/mpv/141375.

Nadasen, Premilla. (2023), Care: the highest stage of capitalism. Chicago, Haymarket Book.

Pinheiro, Luana; Tokarski, Carolina & Vasconcelos, Marcia. (2020), “Vulnerabilidades das trabalhadoras domésticas no contexto da pandemia de Covid-19 no Brasil”. IPEA, Nota Técnica, n. 75.

Poblete, Lorena. (2018), “The influence of the ILO domestic workers convention in Argentina, Chile and Paraguay”. International Journal of Comparative Labour Law and Industrial Relations, 34 (2): 177-202.

Poblete, Lorena. (2022), “Protecting paid domestic workers under lockdown: Latin American strategies during the COVID-19 pandemic”. Labour and Industry, 32 (1): 55-71.

Portal do empreendedor — Empresas & Negócios, http://www.portaldoempreendedor.gov.br.

Ribeiro Corossacz, Valeria. (2020), “Assédio sexual no emprego doméstico”. Z Cultural: Revista do Programa Avançado de Cultura Contemporânea, 15 (2).

Rocha, Ekgt. (2021), “Health and safety in paid domestic work: what does the covid 19 pandemic reveal?”. Rev. Bras. Med. Trab., 19 (3): 397-405. doi: 10.47626/1679-4435-2021-710.

Sales, Eliane Cardoso & Santana, Vilma Sousa. (2003), “Depressive and anxiety symptoms among housemaids”. American Journal of Industrial Medicine, (44): 685-91.

Segato, Rita Laura. (2014), “El sexo y la norma: frente estatal, patriarcado, desposesión, colonidad”. Revista Estudos Feministas, 22 (2): 593-616.

Souza, Jessé de (2019), A elite do atraso. Da escravidão ao bolsonarismo. São Paulo, Estação Brasil.

Teixeira, Juliana Cristina. (2021), “Brazilian housemaids and COVID-19: How can they isolate if domestic work stems from racism?”. Gender, Work & Organization, 28 (S1): 250-259.

Valenzuela, Maria Elena; oit (Organização Internacional do Trabalho) & mds (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome). (abr. 2025), “As trabalhadoras domésticas remuneradas são trabalhadoras do cuidado. Elas têm o direito a cuidar, a ser cuidadas e ao autocuidado”. Série Cuidado em Debate. Disponível em https://www.ilo.org/pt-pt/publications/2-trabalhadoras-domesticas remuneradas-sao-trabalhadoras-do-cuidado-elas.

Valeriano, Marta Maria & Tosta, Tania Ludmila Dias. (2021), “Trabalho e família de trabalhadoras domésticas em tempos de pandemia: uma análise interseccional”. Civitas, 21 (3): 412-422.

“Who cares? Rebuilding care in the post-pandemic world”, https://cuidado.cebrap.org.br.

Publicado

2025-12-30

Número

Sección

Dossiê - Crises, desigualdades e cuidados. Explorando experiências nacionais

Cómo citar

Acciari, L. (2025). De la crisis del cuidado al cuidado como explotación: ¿a quién le importan las trabajadoras del hogar?. Tempo Social, 37(3), 1-22. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2025.238490