Arte e inclusão simbólica no centro planejado de Belo Horizonte

Autores

Palavras-chave:

Arte urbana, Memória, Território, Cidade

Resumo

O presente texto tem o propósito de refletir a respeito das relações entre cultura hegemônica dominante e manifestações dos subalternos e dos excluídos por meio da arte urbana. A pesquisa foi construída em uma perspectiva interdisciplinar, articulando uma breve história da cidade planejada de Belo Horizonte e estudos nas áreas de arte, memória e território. Em especial, o texto analisa algumas intervenções artísticas apresentadas no festival CURA (Circuito Urbano de Arte), que tem se desenvolvido no espaço urbano belo-horizontino. Como inspiração, o texto apresenta a obra “Bandeira Brasileira”, de Leandro Vieira, que substituiu as cores da bandeira nacional pelas cores verde, rosa e branco, assim como lançou os dizeres “índios, negros e pobres”, no lugar do lema positivista “ordem e progresso”, fomentador de uma lógica higienista de exclusão social no planejamento urbano. Como resultado, as intervenções artísticas estudadas se revelam como obras contra-hegemônicas, anunciando novos territórios de vida e de memória, que propiciam a democratização da cidade e do espaço público.

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Biografia do Autor

  • Josana Mattedi Prates Dias, Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

    é Arquiteta e bacharel em Artes Plásticas, Mestre em Comunicação Social e Doutora em Design. É professora do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix onde coordena os cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores. Tem pesquisas em Cenografia, Comunicação e Moda, sobre os debates e práticas que envolvem o corpo e a cidade.

Publicado

23-12-2022

Como Citar

Dias, J. M. P. (2022). Arte e inclusão simbólica no centro planejado de Belo Horizonte. Revista V!RUS, 1(25), 219-232. https://revistas.usp.br/virus/article/view/228488