Os diálogos (geométricos) que Gehry estabelece com a cidade de Bilbao
Palavras-chave:
Museu Guggenheim, Frank Gehry, Forma arquitetônica, Geometria Fractal, Ensino de projetoResumo
A forma do Museu Guggenheim de Bilbao é aqui problematizada pelo interesse didático em investigar as estratégias projetuais utilizadas por Frank Gehry para reconfigurar o tecido e a paisagem urbana ali envolvidos. São escassos os discursos sobre o projeto, acompanhados de razões objetivas e apoiados em sua decomposição formal. Entende-se a conveniência desta complementação, frente ao seu potencial como referência junto aos processos formativos de arquitetura. Constituiu-se a hipótese de que a forma do edifício advém de um repertório reduzido de fragmentos formais deste tecido e paisagem configurados tanto por regras compositivas clássicas como próprias da geometria fractal. Esta leitura, construída por meio de traçados sobrepostos às imagens fotográficas e técnicas da obra e de seu entorno imediato e pelo conceito de dimensão fractal, facilitou identificar um rigoroso controle formal, que parte da regulação de suas representações tanto em projeção ortográfica, mantendo proporções, paralelismos e convergências; como em perspectiva, explorando concordâncias logradas por efeitos anamórficos. Demonstra-se assim a aplicação de um método, de abordagem geométrica, que facilita a construção de hipóteses sobre estratégias projetuais. Neste caso, as de Gehry para dialogar com um tecido urbano específico: por meio de ações recursivas, valendo-se de transformações topológicas, em seu sentido matemático, sobre o vocabulário formal do próprio lugar, ações hoje facilitadas pelos meios digitais de representação.
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