E quando a Smart City trava?
DOI:
https://doi.org/10.11606/2175-974x.virus.v28.229580Palavras-chave:
Capitalismo de vigilância, Datacolonialismo, Smart City, Sul GlobalResumo
Tendo como ponto de partida uma fotografia de uma sinalização de trânsito que apresenta erro em seu funcionamento, o artigo visa a discutir o agenciamento entre a conceituação das smart cities e os impactos derivados da utilização de tecnologias avançadas de vigilância e controle nos espaços urbanos, problematizando a falha do sistema e as suas consequências na vida do cidadão. O texto apresenta o Smart Sampa, projeto que promove soluções para “cidades inteligentes” em implementação em São Paulo, como forma de elucidar a complexidade dos programas que prometem gerir as cidades através de labirínticas redes digitais que integram de câmeras de videovigilância a serviços governamentais em uma única plataforma. A partir de uma abordagem multidisciplinar, o artigo procura discutir conceitos para além da vigilância e a segurança pública, explicitando a operação do colonialismo e vigilância de dados, responsáveis por alimentar um sistema econômico complexo e de ampla ação, capaz de deformar a relação do indivíduo com as cidades. Dessa forma, promove-se o debate acerca dos mitos da infalibilidade e neutralidade dessas tecnologias de controle, identificando, ainda, possíveis brechas nesses sistemas, que incitam ações artísticas e ativistas, com o objetivo de romper com a “normalidade” imposta por tais tecnologias.
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