Educação urbanística e ambiental como contribuição social

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir sobre a Educação Urbanística e Ambiental como uma prática emergente na sociedade e como uma forma de fazer política, considerando sua capacidade de articular conhecimentos técnico-científicos, territorialidades, participação e transformação social junto às infâncias e juventudes. Essa abordagem, originada no campo da Arquitetura e Urbanismo, discute as problemáticas inerentes às cidades, à sociedade e ao ambiente, articulando diferentes saberes e papéis sociais. Ela promove a transformação dos envolvidos no processo ao mesmo tempo em que questiona os modos de construção e estimula contribuições técnico-científicas a partir de ações mais horizontais e dialógicas. O trabalho apresenta uma estratégia que combina duas práticas metodológicas: Mapeamento Afetivo e oficinas de Educação Urbanística e Ambiental, concebidas como formas de escuta e interação com estudantes, para compreender suas percepções urbanas. A primeira utiliza como ferramenta um formulário respondido com palavras ou desenhos; a segunda emprega recursos como mapas de desejos, jogo da memória e roda de conversa. A discussão fundamenta-se em concepções como a função social da Arquitetura e Urbanismo, os territórios educativos, a Sociologia da Infância e o pesquisarCOM, e busca contribuir com estudos que envolvem as gerações mais jovens nas discussões sobre o ambiente construído. Os resultados indicam a Educação Urbanística e Ambiental e a estratégia metodológica adotada, como fundamentais para o desenvolvimento de micropolíticas e políticas públicas intersetoriais, para promover uma educação cidadã crítica e atenta às questões urbanas.