Geografia do turismo a crise ecológica como crítica objetiva do trabalho o turismo como "ilusão necessária"
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2001.123513Palavras-chave:
Turismo, relação sociedade x natureza, ilusão necessáriaResumo
Buscamos desenvolver neste artigo uma perspectiva metodológica de análise sobre o turismo de modo a nos contrapormos às expectativas de um pensamento "promotor" que antes de compreender as determina ções do real quer resolver aquilo que encara como problema. Dentro de nossa expectativa, portanto, tornouse possível levar em consideração o turismo como fenômeno que revela uma moderna e contemporânea relação socie dade X natureza, onde esta última de pressuposto do processo social passa à condição de produto, realizando-se, portanto, como fetiche, o que inclui o m ascaram ento das contradições pertinentes a esta m esm a relação. Do nosso ponto de vista, o turismo atua no tempo livre de modo a torná-lo produtivo, fetichizando a natureza e o natural de modo a comportar-se como uma ilusão necessária para a continuidade de tal contradição. Daí a nossa perspectiva contrária à outra ligada às estratégias promotoras do turismo como um negócio. Para fazermos o nosso percurso de método levamos em consideração determinações tanto lógicas como históricas, de modo que as mesmas compõem a divisão deste artigoDownloads
Referências
ALFREDO, Anselmo. A luta pela cidade na m etrópo le de São Faulo. Do projeto à construção da Avenida Água Espraiada. Mestrado, Dep artam en to de Geografia, SP, FFLCH, USP, 1999.
ALMEIDA, Maria Geralda de. "Turismo e os novos territórios no litoral c e a re n s e " In: RODRIGUES, Adyr A. Balastreri (org.). Turismo e Geografia. R eflexões teó ricas e enfoques regionais. SP, Hucitec, 1996. (pp. 184-190).
CALVENTE, Maria del Carmen M. H.. "Ilhabela: Turismo e territorio" In: DIEGUES, Antonio Carlos (org.). "Ilhas e sociedades insulares" São Paulo. Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Populações Humanas e Áreas Úmidas Brasileiras. Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo, 1997.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. "O turismo e a produção do náo-lugar" In: Yázigi, Eduardo; Carlos, Ana Fani Alessandri & Cruz, Rita de Cássia Ariza (orgs.). Turism o, espaço, p a isagem, cultural SP, Hucitec, 1996. (pp.25-37).
CAVACO, Carminda. "Turismo rural e desenvolvim ento local" In: RODRIGUES, Adyr Balastreri. Turismo e desenvolvimento local. SP, Hucitec, 1996.
COMUNE, Antonio Evaldo. "Turismo e meio am biente na Amazonia. Perspectvas Económicas do turismo Ecológico" Turismo em análise. Vol. 2 ( 1 ) , São Paulo, maio de 1991.
DAMIANI, Amélia Luisa. Cotidiano e T urism o. mimeo, s/d.
ENGELS, Friederich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. SP, Global Editora, 1986.
GIANNOTTI, Jo sé Arthur. O discurso do arquiteto. mimeo, 1997.
GIANNOTTI, Jo s é Arthur. Certa herança m arxista. SP, Companhia das Letras, 2000.
GRANOU, André. C apitalism o e m odo de vida. Porto, Afrontamento, s/d.
JAPPE, Anselm. Guy Debord. Marseille, Via Valeriano, 1995.
RURZ, Robert. "Escravos da luz sem misericórdia" In: Ú ltim os com bates. SP, Vozes, 1997.
RURZ, Robert. Dominação sem sujeito, mimeo, s/d.
RURZ, Robert. O colapso da m odernização. Da derrocada do socialism o de caserna ã crise da economia mundial. 3 a ed., RJ, Paz e Terra, 1993.
LEFEBVRE, Henri. É lém ents de rythm analyse. Intro d u ctio n à la connaissance des rythmes. Paris, Sylepse, 1992.
LEFEBVRE, Henri. De l'é ta t. Les con tradictions de l'é ta t moderne. Vol. IV, Cap. V. Paris, Unión General d'Éditions. 1978.
LEFEBVRE, Henri. La p re s e n c ia y la ausencia. Contribution a la teoria de las representaciones. México, Fondo de cultura económica, 1983.
LEFEBVRE, Henri. Espacio y politica. Barcelona, Ediciones Península, série universitària, história, ciência, sociedade, n° 128, 1976.
LEFEBVRE, Henri. E strutura socia l: a reprodução das relações sociais. In: Forachi, Marialice Mencarini e Martins, José de Souza (orgs.). da Universidade de São Paulo, Sociologia e Sociedade. Leituras de introdução à sociologia. RJ/SP, Livros técnicos e científicos Editora S.A., 1977.
MARX, Rari. O capital. Volume I, Tomo L Livro Primeiro. SP, Nova Cultural, 1988.
MARX, Rari. Elem entos fun da m en tales para a critica de la econom ia p o litica . México, Siglo XXI, 16a ed, 1989.
MARX, Rari. O capitai. Volume I, Livro primeiro, Tomo 2, Cap. XXIV. "A assim chamada acumulação primitiva" SP, Nova Cultural, 1988.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Amazônia integrar para não entregar. Eolíticas Públicas na Amazonia. Campinas, Papirus, 1988.
POSTONE, Moishe. Time, Labor, and social do mination. Are interpretation of Marx's critical theory. Cambridge University Press, 1996.
SEABRA, Odette Carvalho de Lima. A insurreição do uso. In: MARTINS, J o s é de Souza (org.). Henri Lefebvre e o retorno à dialética. SP, Hucitec, 1996.
VARGAS, Heliana Comim. "Turismo e valorização do lugar" Turism o em análise. São Paulo, 9(1), maio de 1998.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2001 Anselmo Alfredo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).