DESAFIOS DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA CAMPONESA NOS ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA Assentamento Milton Santos – Americana/SP
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2009.74132Palavras-chave:
Extensão, Reforma Agrária, Plano de AssentamentoResumo
Este artigo aborda a Experiência de Extensão em Geografia Agrária coordenada pelas Profas Dras Larissa Mies Bombardi e Sidneide Manfredini, e realizada em conjunto com um grupo de alunos do Depto. De Geografia da USP. Tem como finalidade colaborar com as práticas agrícolas e a comercialização que se iniciam no Assentamento Milton Santos localizado nos municípios de Americana e Cosmopólis – São Paulo. Este assentamento apresenta peculiaridades que se colocam como um grande desafio a sua efetiva implantação. Concebido nos moldes de Comuna da Terra, é constituído em sua quase totalidade por famílias de origem urbana, está localizado em uma região monocultora de cana-de-açúcar e dista cerca de 10km das áreas urbanas dos municípios aos quais está afeto (Americana, Cosmópolis e Paulínia). À medida que se conseguiu agregar competências diversas ao grupo inicialmente constituído exclusivamente por geógrafos, com alunos e professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Engenharia Sanitária da Escola Politécnica e da Faculdade de Arquitetura da USP, o projeto foi se ampliando e redirecionando seus objetivos iniciais. A implementação de sistemas agrícolas otimizados, que condicionariam a efetiva implantação do assentamento, torna imprescindível o resgate da cultura camponesa, essencialmente nos elementos que concorrem para a apreensão e apropriação da paisagem, tanto quanto dos conhecimentos científicos embutidos nas tecnologias a serem empregadas, ou dos limites impostos pela legislação que regem o licenciamento ambiental dos projetos de reforma agrária. As ações deste grupo de trabalho passaram a se dar no sentido da intermediação na apropriação destes conhecimentos, numa perspectiva de gestão participativa que venha a concorrer para a estruturação da tessitura social deste coletivo, levando os assentados a se perceberem como sujeitos no processo de produção deste novo espaço
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