Efeito da equoterapia no desempenho funcional de crianças e adolescentes com autismo.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v27i3p271-277Palavras-chave:
Autismo, Terapia Assistida por Cavalos, Terapia Ocupacional.Resumo
A equoterapia vem sendo utilizada como tratamento reabilitador em diferentes patologias, no entanto, sua eficácia ainda não é comprovada no que tange ao desempenho funcional de indivíduos com autismo. O objetivo deste estudo é identificar o efeito da equoterapia no desempenho funcional de crianças e adolescentes com autismo comparando praticantes e não praticantes. Participaram do estudo indivíduos com autismo com idades entre 3 e 15 anos, ambos os sexos divididos entre Praticantes e Não Praticantes, emparelhados por gênero e idade. Utilizou-se um questionário para avaliar variáveis socioeconômicas e para avaliação do desempenho funcional o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI) e a Medida de Independência Funcional (MIF), aplicados aos cuidadores, para <8 anos e >8 anos, respectivamente. Foram entrevistados 28 cuidadores (14 em cada grupo). Houve diferença para o desempenho funcional das crianças que praticavam equoterapia avaliados pelo PEDI na área de Autocuidado (p=0,041) e Mobilidade (p=0,001). Não houve diferença para o desempenho funcional daqueles avaliados pela MIF (p=0,384). Este estudo sugere que a equoterapia é eficaz para crianças com autismo, nas tarefas das áreas de mobilidade e autocuidado, sendo uma área inovadora para terapia ocupacional.