Um Estranho em Goa: viagem transitiva a um Oriente em demanda
DOI:
https://doi.org/10.11606/va.v0i30.117489Palavras-chave:
Corumbá, Brasil, Goa, Oriente – sujeitos transitivos – narrativa de viagens – ficcionalização do real – “zona de contacto”.Resumo
A obra de José Eduardo Agualusa (Huambo, Angola, 1960) tem a particularidade de não se deter nem numa prática genológica (a sua bibliografia inclui romances, contos, crónicas, apontamentos narrativos e alguma poesia) nem numa área temática ou uma geografia – espacial, temporal ou cultural. Com efeito, as suas personagens são normalmente marcadas por descontinuidades geográficas e históricas, com trajectórias que se cruzam numa “perspectiva de contacto” que potencia conexões e interacções de vária ordem entre sujeitos diferentes, em espácio-temporalidades diversificadas. Tais arborescências ficcionais, sobretudo romanescas, embora nem sempre suficientemente amplificadoras para criar sentidos cosmopolitas, são construtoras de sujeitos transitivos e geradoras de significados transculturativos. É o que acontece em Um Estranho em Goa, romance que, oscilando entre narrativa de viagens e construção ficcional do real, apresenta diferentes modalidades da reinvenção da identidade goesa, trazendo à cena literária trânsitos e conexões orientais num processo de resgate das margens das representações político-ideológicas do outro, apresentado na sua outridade – portanto, como possibilidade do diverso.
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