Literaturas em português: encruzilhadas atlânticas
DOI:
https://doi.org/10.11606/va.v0i25.69870Palavras-chave:
Portugal, Colônias, Império, Vocação atlântica, Colonialismo, Pós-colonialismo, “Zonas de contato”, Literaturas em português, Identidade póscolonialResumo
Proponho-me reflectir sobre a relação entre memória e identidade e os meandros do agenciamento identitário pós-colonial, tanto da parte de portugueses quanto de africanos (com reflexos nas relações entre Portugal e o Brasil), em período pós-colonial. É que a partir de 1975, isto é, depois das independências políticas das colónias e da “retracção” territorial definitiva de Portugal ao espaço ibérico e insular da Macaronésia setentrional, a relação com o além-mar – a que vamos chamar simbolicamente atlântico, na esteira da dimensão significativa a que se referem os historiadores no estudo da reconfiguração do mundo através do Atlântico, ou Paul Gilroy no seu livro The Black Atlantic: Modernity and Double Consciousness (1993), sobretudo na dimensão crítica, que o livro encerra, ao essencialismo e ao relativismo culturais. É essa dimensão de além-mar (a que não chamarei “ultramarina” pela intensa ideologia que subjaz ao sentido histórico deste termo), que filósofos e historiadores afirmam ser estruturante da europeidade portuguesa, e que os críticos querem encontrar na literatura, que tem vindo a ser actualizada com um misto de intenção de localizaçãohistórica, ambição heroicizante do passado e afirmação refigurativa de uma identidade atlântica.Downloads
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