Imaginários de poder e redes midiáticas
diálogos entre o Creative Time Summit e o Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2019.160654Palavras-chave:
Redes midiáticas, imaginário, iconoclasmo, arte e política, BrasilResumo
No campo da pesquisa em comunicação, especificamente no âmbito dos estudos do imaginário, observamos o surgimento de discussões que problematizam temas como arte, iconoclasmo, imagem e poder. Neste cenário, o artigo tem como objetivo desenvolver um estudo transversal sobre os imaginários de poder nas redes midiáticas. Através de mapeamentos das imagens e discursos presentes nas redes do Creative Time Summit, o artigo propõe relações com projetos brasileiros, baseando-se no conceito de imaginário de Durand e adotando como metodologia de análise a cartografia dos processos de comunicação e compartilhamento do imaginário desenvolvida por Leão. Nosso argumento é que as guerras das imagens, a criação de imagens nas comunidades, a compreensão processual e a formulação de pactos que compreendem as relações entre natureza e cultura configuram eixos de análise nas redes midiáticas capazes de revelar as complexas tramas dos imaginários do poder de nossa época.
Downloads
Referências
BARRETO, J. M. Restaurante-obra que integra a 32 Bienal de São Paulo. Entrevista concedida à jornalista Marília Miragaia em agosto 2016. Disponível em: https://bit.ly/2ms6Aom. Acesso em: 27 set 2019.
BIEMANN, U.; TAVARES, P. Forest Law: selva jurídica. Michigan: Eli and Edythe Broad Art Museum, 2014.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2011. v. 1.
CASTELLS, M. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.
CRUTZEN, P. The Anthropocene. In: EHLERS, E.; KRAFFT, T. (ed.). Earth system science in the anthropocene. Berlim: Springer, 2006. p. 13-18.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 1995. v. 1.
DURAND, G. As estruturas antropológicas do imaginário: introdução à arquetipologia geral. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
GUSTAFSSON, L.; HAAPOJA, T. History according to cattle. Nova York: Punctum Books, 2015.
HARAWAY, D. Staying with the trouble: making kin in the chthulucene. Durhan: Duke University Press, 2016.
HOLMES, B. Eventwork, the fourfold matrix of contemporary social movements. In: Thompson, N. (ed.). Living as form: socially engaged art from 1991-2011. Nova York: Creative Time Books, 2012. p. 72-85.
KATZ, H.; GREINER, C. Arte & cognição: corpomídia, comunicação e política. São Paulo: Annablume, 2015.
LATOUR, B. Facing Gaïa: six lectures on the political theology of Nature. Cambridge: Polity Press, 2017.
LEÃO, L. O mapa das tensões. Folha de S.Paulo, São Paulo, p. 10, 29 set. 2002. Disponível em: https://bit.ly/2nV7A4G. Acesso em: 27 set. 2019.
LEÃO, L. Paradigmas dos processos de criação em mídias digitais: uma cartografia. Revista V!RUS, São Carlos, n. 6, p. 1-14, 2011.
LEÃO, L. Memória e método: complexidades da pesquisa acadêmica em processos de criação. In: VENTURELLI, S.; ROCHA, C. (org.). Mutações, confluências e experimentações na arte e tecnologia. Brasília, DF: Ed. UNB, 2016. p. 118-127.
LIPOVETSKY, G. A estetização do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
MELO, M. Vozes da selva no estrado da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Sur, São Paulo, v. 11, n. 20, p. 283-292, 2014.
MOORE, J. Capitalism in the web of life. Nova York: Verso, 2015.
NUNES, M. A. M. Dinâmicas comunicacionais nas redes sociais digitais: traduções de realidades locais nos discursos midiáticos. 2014. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Semiótica) − Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2014.
PARIKKA, J. The anthrobscene. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2014.
SERRES, M. O contrato natural. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.
STENGERS, I. In catastrophic times: resisting the coming barbarism. Londres: Open Humanities Press, 2015.
THOMPSON, N. (ed.). Living as form: socially engaged art from 1991-2011. Nova York: Creative Time Books, 2012.
TSING, A. The mushroom at the end of the world: on the possibility of life in capitalist ruins. Princeton: Princeton University Press, 2015.
VANEIGEM, R. A arte de viver para as novas gerações. São Paulo: Conrad, 2002 [1967].
VINCE, G. Adventures in the anthropocene: a journey to the heart of the planet we made. Londres: Penguin Random House, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Declaro a total e irrestrita cessão de direitos autorais sobre o texto enviado para publicação na Rumores – Revista Online de Comunicação, Linguagem e Mídias. Entendo que o conteúdo do artigo é de minha inteira responsabilidade, inclusive cabendo a mim a apresentação de permissão para uso de imagens, ilustrações, tabelas, gráficos de terceiros que, porventura, venham a integrá-lo.