Avaliações de fãs em portais sobre audiovisual: uma crítica semiespecializada?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2024.226096

Palavras-chave:

Crítica televisiva, Fãs, Plataformas digitais

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir a respeito da noção de que fãs, por serem consumidores engajados e terem conhecimento aprofundado sobre as obras e os artistas que admiram, podem constituir uma instância da crítica televisiva. Seguindo as classificações de Wolton e de Greco acerca de crítica especializada e crítica popular, convocamos uma terceira categoria: a do fã como crítico semiespecializado. Para tal, traçamos uma reflexão teórico-argumentativa, a fim de elucidar conceitos do campo da crítica voltado para as narrativas televisivas. Também elencamos portais que conferem autonomia e certo poder para integrantes de fandoms, para que eles possam avaliar quantitativamente e qualitativamente os produtos midiáticos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Clarice Greco, Universidade Paulista

    Professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Paulista (UNIP). Doutora e mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Co-coordenadora do Grupo de Estudos de Análise de Produtos Audiovisuais (GRUPA). Email: claricegreco@gmail.com

  • Enoe Lopes Pontes, Universidade Federal da Bahia

    Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da UFBA e crítica de cinema.

Referências

ANDERSON, B. Imagined communities: reflexions on the origins and spread of nationalism. Londres: Verso, 1983.

BOSI, E. Opinião e estereótipo. Revista Contexto, [s. l.], v. 2, p. 97-104, 1997.

BUCCI, E.; MARTINS, M. H. A crítica de televisão. In: MARTINS, M. H. (ed.). Rumos da crítica. São Paulo: Senac: Itaú Cultural.

BUSSE, K. Fan labor and feminism: capitalizing on the fannish labor of love. Cinema Journal, [s. l.], v. 54, n. 3, p. 110-115, 2015.

COLI, J. O que é Arte? São Paulo: Brasiliense, 2000.

FERDINAND, P. The internet, democracy and democratization. Abingdon: Routledge, 2013.

FERREIRA, Taís. Professores/as de teatro e dança brasileiros/as como espectadores/as. 2017. Tese. (Doutorado em Teatro) –Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017.

FEUER, J. HBO and the concept of quality TV In: MCCABE, J.; AKASS, K.(eds.). Quality TV: contemporary American television and beyond. Londres: I. B. Tauris, 2007. pp. 145-157.

FISKE, J. The cultural economy of fandom. In: LEWIS, L. (ed.). The adoring audience. Abingdon: Routledge, 2002. p. 30-49.

FOX, N. J.; ALLDRED, P. Sociology and the new materialism. Thousand Oaks: Sage, 2016.

FREY, M. A nova democracia?: Rotten Tomatoes, Metacritic, Twitter e IMDb. Tradução: Wanderley de Mattos Teixeira Neto. REBECA: Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual. Ano 6, Vol. 2, Jul-Dez, 2017.

GRECO, C. Qualidade na TV: telenovela, crítica e público. São Paulo: Atlas: 2013.

HABERMAS, J. Discurso filosófico da modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

HILLS, M. Fan culture. Abingdon: Routledge, 2002

JENKINS, H. Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph, 2009.

JENKINS, H. Textual poachers: television fans and participatory culture. Abingdon: Routledge, 1992.

KOZINETS, R. V. Netnography: the essential guide to qualitative social media research. Thousand Oaks: Third, 2019.

KANT, I. Crítica da faculdade do juízo. 2. ed. Tradução: Valério Rohden e Antônio Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

KEATHLEY, C. La caméra-stylo: notes on video criticism and cinephilia. In: CLAYTON, A.; KLEVAN, A. (eds.). The language and style of film criticism. Abingdon: Routledge, 2011. p. 176-191.

LOTZ, A. Portals: a treatise on internet-distributed television. Michigan: University of Michigan, 2017.

MACHADO, A. A televisão levada a sério. 4a edição. São Paulo: Senac, 2005.

MARTINEZ, G. L. Intersubjetividad y gusto en la Crítica del Juicio. In: SOBREVILLA, D. Filosofía, política y estética en la Crítica del Juicio de Kant. Lima: Instituto Goethe de Lima, 1991.

MULGAN, G. Television`s Holy Grail: seven types of quality. In: MULGAN, G. (ed.). The question of quality. London: British Film Institute, 1990. pp. 4-32.

PUJADAS, E. C. Els discursos sobre la “televisió de qualitat”. Àmbits temàtics de referència i perspectives d’anàlisi. 2001. Tese (Doutorado) – Universidade Pompeu Fabra, Barcelona, 2001.

RIBEIRO, R. J. O afeto autoritário. Cotia: Ateliê Editorial, 2004.

SANDVOSS, C. Quando estrutura e agência se encontram: os fãs e o poder. Ciberlegenda, [s. l.], n. 28., p. 8-41, 2013.

STEPHENSON, R.; DEBRIX, J. R. O cinema como arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1969.

TEIXEIRA NETO, W. M. A autoridade da crítica de cinema on-line e o caso do canal Entre Planos. Esferas, Brasília, DF, v. 1, n. 24, p. 404-425, 2002.

TONDATO, M. P. Apontamentos sobre a crítica de TV. Comunicação & Educação, São Paulo, n.o19, p. 32-38, 2000.

WOLTON, D. Elogio do grande público. Uma teoria crítica da televisão. São Paulo: Ática, 1996.

Downloads

Publicado

2024-09-27

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

GRECO, Clarice; PONTES, Enoe Lopes. Avaliações de fãs em portais sobre audiovisual: uma crítica semiespecializada?. RuMoRes, [S. l.], v. 18, n. 35, p. 37–58, 2024. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2024.226096. Disponível em: https://revistas.usp.br/Rumores/article/view/226096.. Acesso em: 2 nov. 2024.