Efeito do movimento passivo contínuo isocinético na hemiplegia espástica

Autores

  • Vanessa Pelegrino Minutoli Universidade do Vale do Paraíba
  • Marta Delfino Universidade do Vale do Paraíba
  • Sérgio Takeshi Tatsukawa de Freitas Universidade do Vale do Paraíba
  • Mário Oliveira Lima Universidade do Vale do Paraíba
  • Charli Tortoza Universidade Estadual Paulista
  • Carlos Alberto dos Santos Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v14i3a102817

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Hemiplegia, Espasticidade Muscular, Atividade Motora, Dinamômetro de Força Muscular, Reabilitação

Resumo

O Acidente Vascular Encefálico (AVE), afeta freqüentemente a função do Sistema Nervoso Central (SNC). O objetivo principal da reabilitação física é a restauração da função motora para executar as atividades de vida diária tais como, agarrar, alcançar e realizar movimentos complexos. As funções motoras são dependentes do controle da força muscular que se torna comprometida com os danos do Sistema Nervoso Central e se manifesta com incoordenação, hiperreflexia, espasticidade e fraqueza muscular unilateral. Existem vários métodos para quantificar a espasticidade. Atualmente o dinamômetro isocinético demonstra ser um equipamento mais eficaz, pois favorece a padronização da angulação, velocidade de estiramento e posicionamento, podendo minimizar a subjetividade da avaliação. Desde modo, o objetivo desse trabalho foi analisar o efeito da mobilização passiva continua em duas velocidades (120º/s e 180º/s) em pacientes hemiplégicos com hipertonia espástica. Cinco pacientes entre 40 – 55 anos de ambos os sexos com história de AVE apresentando espasticidade, foram submetidos a mobilização passiva contínua por um dinamômetro isocinético por 30 repetições, em velocidades de 120º/s e 180º/s. Todos apresentaram grau 2 de espasticidade dos músculos extensores do joelho e graus 0, 1 e 1+ dos músculos flexores pela escala modificada de Ashworth. Os resultados mostraram uma redução significativa da resistência passiva a partir da 6ª repetição em ambas as velocidades angulares. Concluiu-se que o movimento passivo continuo realizado no dinamômetro isocinético é uma maneira eficaz para medir e reduzir a espasticidade.

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Publicado

2007-09-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Minutoli VP, Delfino M, Freitas STT de, Lima MO, Tortoza C, Santos CA dos. Efeito do movimento passivo contínuo isocinético na hemiplegia espástica. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de setembro de 2007 [citado 20º de junho de 2024];14(3):142-8. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102817