Efeito do movimento passivo contínuo isocinético na hemiplegia espástica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v14i3a102817Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral, Hemiplegia, Espasticidade Muscular, Atividade Motora, Dinamômetro de Força Muscular, ReabilitaçãoResumo
O Acidente Vascular Encefálico (AVE), afeta freqüentemente a função do Sistema Nervoso Central (SNC). O objetivo principal da reabilitação física é a restauração da função motora para executar as atividades de vida diária tais como, agarrar, alcançar e realizar movimentos complexos. As funções motoras são dependentes do controle da força muscular que se torna comprometida com os danos do Sistema Nervoso Central e se manifesta com incoordenação, hiperreflexia, espasticidade e fraqueza muscular unilateral. Existem vários métodos para quantificar a espasticidade. Atualmente o dinamômetro isocinético demonstra ser um equipamento mais eficaz, pois favorece a padronização da angulação, velocidade de estiramento e posicionamento, podendo minimizar a subjetividade da avaliação. Desde modo, o objetivo desse trabalho foi analisar o efeito da mobilização passiva continua em duas velocidades (120º/s e 180º/s) em pacientes hemiplégicos com hipertonia espástica. Cinco pacientes entre 40 – 55 anos de ambos os sexos com história de AVE apresentando espasticidade, foram submetidos a mobilização passiva contínua por um dinamômetro isocinético por 30 repetições, em velocidades de 120º/s e 180º/s. Todos apresentaram grau 2 de espasticidade dos músculos extensores do joelho e graus 0, 1 e 1+ dos músculos flexores pela escala modificada de Ashworth. Os resultados mostraram uma redução significativa da resistência passiva a partir da 6ª repetição em ambas as velocidades angulares. Concluiu-se que o movimento passivo continuo realizado no dinamômetro isocinético é uma maneira eficaz para medir e reduzir a espasticidade.
Downloads
Referências
Greve JMD. Fisiopatologia e avaliaçao clínica da espasticidade. Rev Hosp Clin Facul Méd Sao Paulo. 1994:49(3):141-4.
Lianza S. Medicina de reabilitaçao. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001.
Sullivan SBO, Thomas J, Nascimento FG. Fisioterapia: avaliaçao e tratamento. 2 ed. Sao Paulo: Manole; 1993.
Teive HAG, Zonta M, Kumagai Y. Tratamento da espasticidade. Arq Neuropsiquiatr. 1998;56(4):852-8.
Greve JMD. Fisiopatologia da espasticidade. Med Reabil. 1997;46:17-20.
Thilmann AF, Fellows SJ, Garms E. The mechanism of spastic muscle hypertonus. Variation in reflex gain over the time course of spasticity. Brain. 1991;114(Pt 1A):233-44.
Machado ABM. Neuroanatomia funcional. 2 ed. Sao Paulo: Atheneu; 2000.
Doretto D. Fisiopatologia clínica do sistema nervoso: fundamentos da semiologia. 2 ed. Sao Paulo: Atheneu; 2001.
Rothwell J. Control of human voluntary movement. 2 ed. New York: Chapman e Hall; 1994.
Kandel ER, James HS, Thomas MJ. Fundamentos da neurociência e do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000.
Teixeira SLF. Atualizaçao da abordagem fisioterápica na espasticidade de pacientes hemiplégicos crônicos. Rev Fisioter Univ Sao Paulo. 1999;6(20):25-30.
Pereira AC, Araújo RC. Estudo sobre a eletromiografia de superfície em pacientes portadores de espasticidade. Rev Bras Fisioter. 2002;3(6):127-34.
Bohannon RW, Smith MB. Interrater reliability of a modified Ashworth scale of muscle spasticity. Phys Ther. 1987;67(2):206-7.
Teixeira LF, Olney SJ, Brouwer B. Mecanismos e medidas de espasticidade. Rev Fisioter Univ Sao Paulo. 1998;5(1):4-19.
Johnson GR. Outcome measures of spasticity. Eur J Neurol. 2002;9(Suppl 1):10-6.
Hinton RC. Acidentes vasculares encefálicos. In: Samuels MA. Manual de Neurologia: diagnóstico e tratamento. 4 ed. Rio de Janeiro: Medsi; 1992.
Akman MN, Bengi R, Karatas M, Kilinç S, Sözay S, Ozker R. Assessment of spasticity using isokinetic dynamometry in patients with spinal cord injury. Spinal Cord. 1999;37(9):638-43.
Vodovnik L, Bowman BR, Bajd T. Dynamics of spastic knee joint. Med Biol Eng Comput. 1984;22(1):63-9.
Noreau L, Vachon J. Comparison of three methods to assess muscular strength in individuals with spinal cord injury. Spinal Cord. 1998;36(10):716-23.
Firoozbakhsh KK, Kunkel CF, Scremin AM, Moneim MS. Isokinetic dynamometric technique for spasticity assessment. Am J Phys Med Rehabil. 1993;72(6):379-85.
Perell K, Scremin A, Scremin O, Kunkel C. Quantifying muscle tone in spinal cord injury patients using isokinetic dynamometric techniques. Paraplegia. 1996;34(1):46-53.
Franzoi AC, Castro C, Cardone C. Isokinetic assessment of spasticity in subjects with traumatic spinal cord injury (ASIA A). Spinal Cord. 1999;37(6):416-20.
Bisciotti GN, Vilardi NP, Manfio EF. A fadiga: aspectos centrais e periféricos. Fisioter Bras. 2001;2(6):15-20.
Mcardle WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do exercício: energia, nutriçao e desempenho humano. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998.
Enoka RM. Bases neuromecânicas da cinesiologia. Sao Paulo: Manole; 2000.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2007 Acta Fisiátrica
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.