Avaliação da marcha em paciente com paralisia cerebral submetido à estimulação elétrica dos compartimentos anterior e lateral da perna

Autores

  • Tiago Lazzaretti Fernandes Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Klévia Bezerra Lima Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Paulo Roberto Santos-Silva Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Milton Seigui Oshiro Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Adilson de Paula Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v18i1a103517

Palavras-chave:

Paralisia Cerebral, Pé Equino, Estimulação Elétrica, Marcha, Consumo de Oxigênio

Resumo

Crianças com lesão do neurônio motor superior possuem déficits funcionais desafiadores. As alterações de marcha são conseqüências da espasticidade, padrão primitivo locomotor, pobre controle motor central e controle debilitado da propriocepção. O objetivo do presente estudo é mostrar os benefícios da eletroestimulação no padrão da marcha do paciente com paralisia cerebral através do laboratório de marcha e teste ergoespirométrico. Método: Paciente do grupo de Neuro-Ortopedia do IOT HC-FMUSP, sexo feminino, 24 anos, estudante, portadora de paralisia cerebral do tipo diplégico espástico, deambuladora comunitária e pés eqüinos flexíveis. Equipamento de análise de marcha: HAWK, Motion Analysis Corporation. Analisador metabólico CPX-D, Medgraphics, EUA. Estimulador elétrico modelo EEF-4, Lynx Tecnologia. Frequência de estímulo de 20Hz, ON/OFF 5s/10s, 40min, 3X/semana por 1,5 meses nos compartimentos anterior e lateral das pernas. Resultado: dorsiflexão fase de balanço pé direito e esquerdo anterior ao estímulo: 2,12º e -0,17º, respectivamente. Após 1,5 meses do término do protocolo: dorsiflexão pé direito=7,54º, dorsiflexão pé esquerdo=5,31º. Ergoespirometria: Aumento do tempo de tolerância ao exercício (TT) em 194%, PO2 em 50%, VO2 em 17% e economia energética relativa a 22% da FC. Conclusão: a estimulação elétrica da perna pode ser responsável por alterações na cinemática não só do tornozelo, mas de todo o membro inferior, influenciando o padrão da marcha e a condição cardiopulmonar do paciente com paralisia cerebral.

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Referências

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Publicado

2011-03-09

Edição

Seção

Relato de Caso

Como Citar

1.
Fernandes TL, Lima KB, Santos-Silva PR, Oshiro MS, Paula A de. Avaliação da marcha em paciente com paralisia cerebral submetido à estimulação elétrica dos compartimentos anterior e lateral da perna. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de março de 2011 [citado 5º de maio de 2024];18(1):42-4. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103517