Alterações clínicas dos pacientes com lesão encefálica adquirida que interferem no tratamento odontológico
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v18i3a103635Palavras-chave:
Assistência Odontológica para Pessoas com Deficiências, Pessoas com Deficiência, Acidente Cerebral VascularResumo
Lesão Encefálica Adquirida (LEA) é uma lesão que ocorre no encéfalo após o nascimento e não está relacionada a doenças hereditárias, congênitas, degenerativas ou traumas de parto, podendo causar seqüelas físicas e cognitivas. Pacientes portadores de necessidades especiais estão cada vez mais presentes na prática diária do cirurgião dentista, porém, muitos profissionais ainda encontram dificuldades em atender estes pacientes. O objetivo deste estudo foi detectar alterações clínicas nos pacientes com LEA e relatar como estas podem interferir no atendimento odontológico. Foram avaliados 101 pacientes, com 18 a 87 anos de idade, de ambos os sexos, pertencentes à Clínica de LEA da Associação de Assistência à Criança Deficiente de São Paulo (AACD-SP). As informações foram coletadas através de consulta de prontuários, questionário fechado e exame clínico do paciente. Neste estudo, 70,30% dos pacientes apresentavam espasticidade, 51,49% disfagia, 44,55% convulsão, 75,25% déficit cognitivo, 9,90% limitação de abertura bucal e 40,59% eram dependentes para a higiene oral. O cirurgião dentista deve estar atento às alterações clínicas dos pacientes com LEA, minimizando possíveis intercorrências clínicas por meio de uma anamnese detalhada e planejamento clínico.
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