Análise do controle postural após a aplicação da eletroestimulação funcional no acidente vascular encefálico
DOI:
https://doi.org/10.5935/0104-7795.20130009Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral, Postura, Terapia por Estimulação ElétricaResumo
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é o principal acometimento neurológico em adultos no mundo. Pode resultar em déficits neuromotores e cognitivos. Entre os déficits neuromotores observase a espasticidade, esta interfere no planejamento dos movimentos e no controle da postura. O sistema de controle da postura é primordial para a independência funcional nas atividades de vida diária e, por isso, é um dos principais objetivos a se atingir em programas de reabilitação. Nestes, diversas condutas terapêuticas visam dar estímulos ao indivíduo para que consiga realizar mais eficientemente os movimentos e controlar a postura. E, entre tantas técnicas, está a estimulação elétrica neuromuscular, a qual contribui para diminuição da espasticidade, além de outros benefícios. Quando utilizada para tarefas funcionais é então denominada estimulação elétrica funcional conhecida como Functional Eletrical Stimulation (FES). Tendo em vista a importância do controle da postura nas atividades de vida diária e as contribuições advindas da FES. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi de observar a resposta do controle postural em dois indivíduos com hemiparesia por AVE após a aplicação de FES em um curto período de tempo. Método: O protocolo experimental contou com quatro fases; A: pré FES; B: Imediatamente após a aplicação da FES; C: 45 minutos após a aplicação da FES; D: 90 minutos após aplicação da FES. Em cada fase o participante posicionava-se sobre uma plataforma de força e realizava por três tentativas a tarefa escolhida, o teste do terceiro dedo ao chão. Resultados: O software Matlab 7.0 forneceu a variável de Velocidade média do Centro de Pressão no sentido médio-lateral (Vmx) e ântero-posterior (Vmy). Dessa forma, foi possível constatar que mesmo quando os participantes apresentaram uma redução na Vmx e Vmy estas foram menores que 1%. Conclusão: Isto possivelmente indique atividade regulatória postural semelhante a etapa pré FES, e, ainda uma menor atividade regulatória postural, quando a Vmx ou Vmy foram maiores que do início, mesmo após a aplicação da FES (90 minutos).
Downloads
Referências
Dam M, Tonin P, Casson S, Ermani M, Pizzolato G, Iaia V, et al. The effects of long-term rehabilitation therapy on poststroke hemiplegic patients. Stroke. 1993;24(8):1186-91. DOI: http://dx.doi.org/10.1161/01.STR.24.8.1186
Ward AB. Long-term modification of spasticity. J Rehabil Med. 2003;(41 Suppl):60-5.
Muren MA, Hütler M, Hooper J. Functional capacity and health-related quality of life in individuals post stroke. Top Stroke Rehabil. 2008;15(1):51-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1310/tsr1501-51
Benaim C, Pérennou DA, Villy J, Rousseaux M, Pelissier JY. Validation of a standardized assessment of postural control in stroke patients: the Postural Assessment Scale for Stroke Patients (PASS). Stroke. 1999;30(9):1862-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1161/01.STR.30.9.1862
Mauritz KH. Gait training in hemiparetic stroke patients. Eura Medicophys. 2004;40(3):165-78.
Robinson AJ, Snyder-Mackler L. Eletrofisiologia clínica - eletroterapia e teste eletrofisiológico. 2 ed. Porto Alegre: Artmed; 2001.
Alfieri V. Electrical treatment of spasticity. Reflex tonic activity in hemiplegic patients and selected specific electrostimulation. Scand J Rehabil Med. 1982;14(4):177-82.
Greve JMD. Tratado de medicina de reabilitaçao. Sao Paulo: Roca; 2007.
Kendall FP, Mccreary EK, Provance PG. Músculos, provas e funçoes. Sao Paulo: Manole; 1995.
Perret C, Poiraudeau S, Fermanian J, Colau MM, Benhamou MA, Revel M. Validity, reliability, and responsiveness of the fingertip-to-floor test. Arch Phys Med Rehabil. 2001;82(11):1566-70. DOI: http://dx.doi.org/10.1053/apmr.2001.26064
Cornilleau-Pérès V, Shabana N, Droulez J, Goh JC, Lee GS, Chew PT. Measurement of the visual contribution to postural steadiness from the COP movement: methodology and reliability. Gait Posture. 2005;22(2):96-106. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.gaitpost.2004.07.009
Raymakers JA, Samson MM, Verhaar HJ. The assessment of body sway and the choice of the stability parameter(s). Gait Posture. 2005;21(1):48-58. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.gaitpost.2003.11.006
Mesci N, Ozdemir F, Kabayel DD, Tokuc B. The effects of neuromuscular electrical stimulation on clinical improvement in hemiplegic lower extremity rehabilitation in chronic stroke: a single-blind, randomised, controlled trial. Disabil Rehabil. 2009;31(24):2047-54. DOI: http://dx.doi.org/10.3109/09638280902893626
Cheng JS, Yang YR, Cheng SJ, Lin PY, Wang RY. Effects of combining electric stimulation with active ankle dorsiflexion while standing on a rocker board: a pilot study for subjects with spastic foot after stroke. Arch Phys Med Rehabil. 2010;91(4):505-12. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.apmr.2009.11.022
Yan T, Hui-Chan CW, Li LS. Functional electrical stimulation improves motor recovery of the lower extremity and walking ability of subjects with first acute stroke: a randomized placebo-controlled trial. Stroke. 2005;36(1):80-5. DOI: http://dx.doi.org/10.1161/01.STR.0000149623.24906.63
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2013 Acta Fisiátrica

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.