Disfagia orofaríngea na doença de Chagas crônica: avaliação fonoaudiológica, videofluoroscópica e esofagomanométrica

Autores

  • Danielly Moreira Gonçalves Cabral Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
  • João Luiz Abrahão Júnior Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Charles Henrique Dias Marques Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Basílio de Bragança Pereira Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Roberto Coury Pedrosa Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20150006

Palavras-chave:

Doença de Chagas, Transtornos da Motilidade Esofágica, Transtornos de Deglutição, Manometria, Fluoroscopia

Resumo

Objetivo: Em pacientes chagásicos crônicos, determinar a frequência dos episódios de penetração e aspiração laríngea e avaliar sua relação de interpretação, não só com os padrões exibidos na videofluoroscopia e na esofagomanometria, mas também, com a triagem clínica, a avaliação fonoaudiológica estrutural e funcional. Método: 22 indivíduos foram incluídos no estudo, sendo 15 mulheres e 7 homens, média de idade de 55,9 ± 10,2. Os pacientes foram submetidos à avaliação clínica, fonoaudiológica (estrutural e funcional), e aos exames de videofluoroscopia e esofagomanometria computadorizada. Resultados: Dentre as queixas na triagem clínica, 18,2% relataram engasgos, 13,6% pigarro, 40,9% azia, 22,7% regurgitação e 36,4% sensação de alimento parado na garganta. Apenas 18,2% apresentavam uma dentição adequada. Na avaliação funcional da deglutição 31,8% tiveram diagnóstico de deglutição funcional. Na videofluoroscopia foi encontrada permanência de resíduos na faringe em 18,2% dos casos, seguida de deglutições múltiplas em 95,4% e escape posterior em 100%. Observou-se 4 casos de penetração laríngea de grau 2 (disfagia) e em 82% dos casos os achados foram semelhantes entre a videofluoroscopia e avaliação funcional da deglutição, quanto a não ocorrência de penetração laríngea. Os valores de abertura do esfíncter esofágico superior indicam uma relação com o volume de bolo deglutido. Já na manometria foram encontrados 42,1% de alterações em corpo do esôfago e 5,3% em faringe. Conclusão: A penetração laríngea foi prevalente em 18,2% dos casos com uma relação de interpretação importante entre a avaliação fonoaudiológica funcional e os achados videofluoroscópicos, quanto à ausência de penetração laríngea, com resultados semelhantes em 82% dos casos.

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Publicado

2015-03-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Cabral DMG, Abrahão Júnior JL, Marques CHD, Pereira B de B, Pedrosa RC. Disfagia orofaríngea na doença de Chagas crônica: avaliação fonoaudiológica, videofluoroscópica e esofagomanométrica. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de março de 2015 [citado 21º de novembro de 2024];22(1):24-9. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103897