Estudo da interferência dos déficits motor e sensitivo na função manual de pacientes hemiplégicos submetidos à estimulação elétrica funcional (FES)

Autores

  • Margarida Harumi Miyazaki Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Maria Inês Lourenção Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • José Brenha Ribeiro Sobrinho Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Claudete Lourenço Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Linamara Rizzo Battistella Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0001-5275-0733

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v2i3a121847

Palavras-chave:

Estimulação Elétrica Funcional, Hemiplegia

Resumo

O presente estudo procura identificar os aspectos fisiopatológicos que condicionam um mau prognóstico na aplicação da Estimulação Elétrica Funcional (FES), sendo pareados os bons e maus resultados com os déficits motor e sensitivo. Foram avaliados 17 pacientes hemiplégicos, com praxia e gnosia preservados, submetidos às técnicas convencionais da Terapia Ocupacional e Estimulação Elétrica Funcional. Os eletrodos foram ajustados, de modo a obter dorsiflexão de punho e dedos e abdução de polegar, quando possível. Foram realizadas avaliações das sensibilidades superficial (tactil e dolorosa) e profunda (reconhecimento de diferentes posições do membro acometido), das preensões tipo cilindro, esfera, gancho e pinças lateral, polpa a polpa e 03 pontos, antes e logo após 06 meses de FES. Resultados mostraram que 13 pacientes obtiveram melhora da movimentação ativa manual. Os pacientes que melhoraram tinham sensibilidade superficial e profunda normal ou alterada, mas apresentavam algum tipo de movimentação manual espontânea. Os pacientes, que não melhoraram, tinham alterações das sensibilidades superficial e/ou profunda, mas não tinham qualquer movimentação manual ativa. Conclui-se que a associação da Estimulação Elétrica Funcional às técnicas convencionais de Terapia Ocupacional é um meio eficaz de melhorar a função manual de pacientes hemiplégicos com movimentação voluntária parcialmente preservada.

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Referências

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Publicado

1995-12-14

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Miyazaki MH, Lourenção MI, Ribeiro Sobrinho JB, Lourenço C, Battistella LR. Estudo da interferência dos déficits motor e sensitivo na função manual de pacientes hemiplégicos submetidos à estimulação elétrica funcional (FES). Acta Fisiátr. [Internet]. 14º de dezembro de 1995 [citado 18º de maio de 2024];2(3):24-6. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/121847