Prevalência de dificuldade de locomoção em idosos institucionalizados
DOI:
https://doi.org/10.5935/0104-7795.20170001Palavras-chave:
Idoso, Locomoção, Marcha, Instituição de Longa Permanência para IdososResumo
Objetivo: Identificar a prevalência de dificuldade de locomoção em idosos institucionalizados e sua correlação com o perfil clínico-funcional, realizou-se um estudo transversal com 191 pessoas com idade ≥ 60 anos residentes em 13 instituições de longa permanência para idosos de Passo Fundo, no ano de 2014. Método: Utilizou-se um questionário estruturado, aplicado aos idosos ou aos responsáveis técnicos das instituições. Foram contempladas variáveis sociodemográficas, relacionadas à saúde e questões específicas sobre dificuldades na deambulação. Considerou-se dificuldade de locomoção a necessidade de qualquer ajuda ou apoio para caminhar, seja bengala, andador ou mesmo restrição ao leito. Realizou-se análise descritiva e bivariada dos dados. Para verificar a associação entre as variáveis categóricas foram aplicados os testes qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher a um nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de dificuldade de locomoção foi de 50,3%. Utilizavam cadeira de rodas 41,7%, acamados 24%, andador 16,7%, bengala 14,6% e muletas 3,1%. Dos idosos com dificuldade de locomoção, 89,6% eram dependentes para as atividades básicas de vida diária e 62,5% consideraram sua saúde como regular, ruim ou muito ruim. Conclusão: A alta prevalência de dificuldade de locomoção, inclusive com muitos idosos restritos ao leito, alerta para a necessidade de intervenções preventivas antes da institucionalização e a minimização das complicações que estas condições podem trazer.
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Referências
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