Abordagem fisioterapêutica ao paciente com granulomatose eosinofílica com poliangeíte: um relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v32i1a225796Palavras-chave:
Granulomatose com Poliangiite, Serviços de Fisioterapia, Vasculite, Reabilitação Neurológica, Síndrome de Churg-StraussResumo
Objetivo: Este estudo descreve o caso de um paciente com tetraparesia decorrente da Granulomatose Eosinofílica com Poliangeíte (GEPA) e tem como objetivo evidenciar os resultados da assistência fisioterapêutica de um paciente com GEPA durante o período de internação em um centro especializado em reabilitação, assim como procedimentos utilizados durante esse processo. Método: A avaliação foi realizada de acordo com a ficha de avaliação do centro especializado com inspeção, análise de amplitude de movimento (ADM), teste de força muscular pela escala Medical Research Council (MRC), análise das trocas posturais, testes da Escala de equilíbrio de Berg (BERG) e Timed up and Go (TUG). Foram realizadas 10 sessões por semana com tempo de duração de 45 minutos cada. Dentre as condutas propostas temos exercícios resistidos segmentares e multiarticulares, treino de trocas posturais, equilíbrio estático e dinâmico, treino de marcha, transporte de objetos. Resultados: O paciente não apresentou mais o edema no tornozelo; teve melhora de força muscular pela escala Ashworth grau ¾ global e melhora qualitativa para realizar trocas posturais. Melhora na pontuação dos testes da Escala de equilíbrio de Berg (BERG) pontuando 15/56 na avaliação inicial e 31/56 na final e diminuição de tempo no teste Timed up and Go (TUG) passando de 00:38,03 segundos na avaliação inicial para 00:25,20 segundos na final. Além de adequação de dispositivo auxiliar conforme ganhos motores e segurança na marcha. Conclusão: A intervenção fisioterapêutica em um indivíduo com quadro de tetraparesia mais acentuada à direita, com predomínio distal devido à GEPA em um programa de reabilitação intensivo mostrou-se eficaz.
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