Terapia de ondas de choque na recuperação motora pós acidente vascular cerebral: relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v32i2a232387

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Tratamento por Ondas de Choque Extracorpóreas, Hemiplegia, Plasticidade Neuronal, Reabilitação

Resumo

Objetivo: Relatar a evolução motora pós reabilitação com terapias de onda de choque, de um paciente com hemiparesia esquerda por acidente vascular isquêmico (AVCi) por dissecção de carótida interna direita. Método: As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico, cálculo conforme fórmula elaborada para avaliar taxa de evolução (TE%), fórmula de cálculo da eficiência global de funcionalidade (EFG) e escalas de avaliação clínica internacionais e validadas para nossa realidade: Medida de Independência Funcional - MIF; Escala de Gradação de Força Muscular - Medical Research Council; Shoulder Abduction Finger Extension Score - SAFE; EFG = [(MIF atingido) - (MIF inicial)] / Tempo em semanas para atingir a MIF, TE% = 100 x (Grau de Força Adquirido) / 6. Resultado: O caso relatado e a literatura trazem à luz a discussão da terapêutica de uma situação complexa que é a recuperação de déficit motor crônico e consolidado após lesão encefálica por AVC e evidenciam que, embora pouco explorada, ter seu mecanismo de ação ainda não totalmente esclarecidos e adotada em uma minoria de casos, quando bem executada e em pacientes adequadamente selecionados. Conclusão: A terapia de ondas de choque pode ser capaz de obter resultados satisfatórios na melhora da mobilidade de membros paralisados, para além do uso de redução da espasticidade, concebendo melhora de funcionalidade do paciente, sendo um instrumento promissor para uso na reabilitação para ganho de independência de pacientes com sequelas motoras.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Lozano R, Naghavi M, Foreman K, Lim S, Shibuya K, Aboyans V, et al. Global and regional mortality from 235 causes of death for 20 age groups in 1990 and 2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010. Lancet. 2012;380(9859):2095-2128. Doi: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(12)61728-0

Santamato A, Micello MF, Panza F, Fortunato F, Logroscino G, Picelli A, et al. Extracorporeal shock wave therapy for the treatment of poststroke plantar-flexor muscles spasticity: a prospective open-label study. Top Stroke Rehabil. 2014;21 Suppl 1:S17-24. Doi: https://doi.org/10.1310/tsr21S1-S17

Santamato A. Short-term effects of high-energy extracorporeal shock wave therapy on upper limb spasticity in stroke patients: a randomized, sham-controlled study. Neurological Sciences. 2013;34(5):663-9.

Zhao J. Effects of extracorporeal shock wave therapy on spasticity in patients after stroke: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Arch Phys Med Rehabil. 2019;100(12): 2575.

Sun X. Extracorporeal shock wave therapy in the treatment of spasticity in children with cerebral palsy: a randomized controlled trial. Neuropediatrics. 2018;49(3):176-82.

Riberto M, Miyazaki MH, Jorge Filho D, Sakamoto H, Battistella LR. Reprodutibilidade da versão brasileira da Medida de Independência Funcional. Acta Fisiátr. 2001;8(1):45-52. Doi: https://doi.org/10.5935/0104-7795.20010002

Slavin MD, Laurence S, Stein DG. Another look at vicariation. In: Finger S, Levere TE, Almli CR, Stein DG. (eds). Brain Injury and Recovery. Boston: Springer; 1998. p.165-179. Doi: https://doi.org/10.1007/978-1-4613-0941-3_11

Nishibe M, Barbay S, Guggenmos D, Nudo RJ. Reorganization of motor cortex after controlled cortical impact in rats and implications for functional recovery. J Neurotrauma. 2010;27(12):2221-32. Doi: https://doi.org/10.1089/neu.2010.1456

Downloads

Publicado

2025-06-30

Edição

Seção

Relato de Caso

Como Citar

1.
Watanabe CA, Sugawara AT. Terapia de ondas de choque na recuperação motora pós acidente vascular cerebral: relato de caso. Acta Fisiátr. [Internet]. 30º de junho de 2025 [citado 25º de dezembro de 2025];32(2):124-6. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/232387