Perfil, aptidão cardiorrespiratória, autoimagem e nível de funcionalidade de atletas amputados de um time de futebol do estado de Mato Grosso do Sul
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v32i3a236015Palavras-chave:
Exercício Físico, Amputados, Qualidade de Vida, ReabilitaçãoResumo
Objetivo: Conhecer a aptidão cardiorrespiratória, a autoimagem e a funcionalidade de atletas amputados de um time de futebol do Estado do Mato Grosso do Sul (MS). Método: Doze atletas amputados de membros provenientes de um time de futebol do MS, participaram do estudo. Instrumentos: WHO Disability Assessment Schedule (WHODAS) 2.0, Teste de caminhada de 6 minutos (TC6) e Escala de Imagem Corporal para Amputados (ABIS). Resultados: O perfil dos atletas amputados era predominantemente masculino, com média de idade de 36,08 ± 8,03 anos, solteiro (6;50%), com ensino médio completo (5; 47%) e ativo quanto à condição ocupacional (8; 66,7%). A causa da amputação mais comum foi a traumática (7; 58,3%), com tempo médio de amputação de 134,58 ± 134,8 meses, sendo o nível transfemoral (8; 66,7%) o mais frequente. Quanto as consequências da amputação a maioria (9; 75%) relatou presença de dor e sensação do membro fantasma. A maior parte dos participantes (7; 58,3%) nega vícios e todos relataram praticar 150 minutos por semana de atividade física. Grande parte (8; 66,7%) faz uso da prótese e as muletas axilares é o aditamento mais frequente. Apresentaram em média (39,3±8,35) Imagem Corporal (IC) positiva, com capacidade cardiorrespiratória (561±51,15) abaixo do esperado (616,83±15,21) e dois níveis de incapacidade, moderado (6; 50%) e grave (6; 50%). Conclusão: Os atletas amputados de um time de futebol apresentam níveis de incapacidade que variam de moderado a grave e capacidade cardiorrespiratória abaixo do esperado, embora mantém prática esportiva regular e uma autoimagem positiva.
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