Santo Antônio de nó de pinho: expressão material de uma devoção mestiça
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.i43pe206224Palabras clave:
catolicismo centro-africano, circularidades atlânticasResumen
Existentes no antigo Congo, na África Centro-ocidental, imagens de Santo Antônio foram lá confeccionadas e utilizadas de formas particulares. Quando relacionadas a esse contexto, pequenas imagens de Santo Antônio feitas no Vale do Rio Paraíba paulista ganham novos sentidos, só perceptíveis quando são consideradas as culturas de origem dos escravizados para lá levados. Este artigo atualiza a análise já feita pela autora em artigo anterior, trazendo novas informações acerca das circularidades atlânticas que uniram o sudeste paulista à África Centro-ocidental.
Descargas
Referencias
ETZEL, Eduardo. Imagens religiosas de São Paulo: apreciação histórica. São Paulo: Melhoramentos, 1971.
FARIAS, Joyce. “Revendo nós historiográficos: apontamentos sobre esculturas de santos-amuletos do Vale do Paraíba e suas origens africanas”. Modos, Campinas, v. 6, n. 1, p. 202-229, 2022.
FROMONT, Cécile. The Art of Conversion. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2014.
FU-KIAU, Kimbwandende Kia Bunseki. African Cosmology of the Bântu-Kôngo: Principles of Life & Living. Nova York: Athelia Henrietta Press, 2a edição, 2001 [1980].
HERSTAL, Stanislaw. Imagens religiosas do Brasil. São Paulo: Grafitec, 1956.
HILTON, Anne. The Kingdom of Kongo. Oxford: Oxford University Press, 1985.
LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. “O santo Antonio de nó de pinho”. In: GONDIM, Adenor. Arte e religiosidade no Brasil: heranças africanas. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 1977.
LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. A imaginária paulista. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 1999.
LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. “A imaginária dos escravos de São Paulo”. In: ARAUJO, Emanoel (Org.). A mão afro-brasileira: significado da contribuição artística e histórica. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Museu Afro-Brasil, 2010. p.260- 269
LOPEZ, Duarte; PIGAFETTA, Filippo. Relação do reino do Congo e terras circunvizinhas. Lisboa: Agência Geral do Ultramar, 1951.
RANDLES, William Graham Lister. L’ancien royaume du Congo des origines à la fin du XIXe siècle. Paris: Mouton, 1968.
SAPEDE, Thiago. Le roi e et le temps, le Kongo et le Monde: une histoire globale des transformations politiques du Royaume du Kongo (1780-1860), Paris, tese, École des hautes Études em Sciences sociales, 2020.
SLENES, Robert. “Saint Anthony at the crossroads in Kongo and Brazil: ‘creolization’ and identity politics in the black south Atlantic, ca. 1700-1850”. In: SANSONE, Livio; SOUMONNI, Elisée; BARRY, Boubacar (Orgs.). Africa, Brazil and the Construction of Transatlantic Black Identities. Trenton: Africa World Press, 2008. p. 209-254.
SOUZA, Marina de Mello. “Revisitando o Antonianismo”. In: ASSIS, Angelo Adriano Faria; MUNIZ, Polyanna Gouveia Mendonça; MATTOS, Yllan (Orgs.). Um historiador por seus pares: trajetórias de Ronaldo Vainfas. São Paulo: Alameda, 2017. p. 241-261.
SOUZA, Marina de Mello. “Santo Antonio de nó de pinho e o catolicismo afro-brasileiro”. Tempo, v. 6, n. 11, p. 171-188, 2001.
SOUZA, Marina de Mello. Além do visível: poder, catolicismo e comércio no Congo e em Angola (séculos XVI e XVII). São Paulo: edUSP, 2020.
THORNTON, John. The Kingdom of Kongo: Civil War and Transition, 1641-1718. Madison: University of Wisconsin Press, 1992.
THORNTON, John. The Kongolese Saint Anthony: Dona Beatriz Kimpa Vita and the Anthonian Movement, 1684-1706. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.
VANSINA, Jan. Kingdoms of the savana. Madison: The University of Wisconsin Press, 1970.
VOS, Jelmer. Kongo in the Age of Empire, 1860-1913: The Breakdown of a Moral Order. Madison: The University of Wisconsin Press, 2015.
WANNYN, Robert. L’Art Ancien du Métal au Bas-Congo. Bruxelas: Éditions du Vieux Planquesaule, 1961.
WEEKS, John. Among the Primitive Bakongo. Nova York: Negro Universities Press, 1969.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Marina de Mello e Souza
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
A reprodução de qualquer dado, mesmo em resumo, de matéria contida nesta publicação, só será permitida com a citação do nome, número e o ano desta revista.