Tabu e perspectivismo em Wazi de Rogério Manjate

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.i43pe203360

Palavras-chave:

conto tradicional, Moçambique, tabu, perspectivismo

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar e comparar Wazi, de Rogério Manjate, um dos livros que compõe a coletânea “Contos de Moçambique”, com a versão original do conto, a fim de investigar o contexto histórico e social moçambicano em que estão inseridas as histórias recontadas. Pois, nessa obra em particular, Manjate opta por realizar uma ruptura com a versão original. Wazi é uma criança que vai caçar com o avô e este lhe avisa para jamais comer os frutos do lado direito do caminho. A ordem dada pelo mais velho e a palavra confirmada por Wazi são pontos fundamentais no conto para se compreender o tabu na tradição moçambicana. Diante da maldição atribuída ao menino, é possível se discutir o perspectivismo a partir do pensamento de Friedrich Nietzsche, Sigmund Freud, Toyin Falola, Eduardo Viveiros de Castro, Davi Kopenawa, entre outros.

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Biografia do Autor

  • Marina Gadelha, Universidade Federal Fluminense

    Marina é formada em Jornalismo, tem pós-graduação em Cinema Documentário, pela FGV, e atualmente faz Mestrado em Estudos de Literatura, na Universidade Federal Fluminense. Publicou o livro Bambu, pelo selo Timbú (RN). Trabalha como produtora cultural.

  • Adriano Guedes Carneiro, Universidade Federal Fluminense

    Doutorando em Literatura Comparada (CAPES/UFF), em 2022. Mestrado em Estudos Literários, subárea Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (CAPES/UFF), em 2021. Licenciatura em Letras (Português-Literatura), pela UFF, em 2017.

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Publicado

2022-12-22

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

GADELHA, Marina; CARNEIRO, Adriano Guedes. Tabu e perspectivismo em Wazi de Rogério Manjate. África, [S. l.], n. 43, p. e203360, 2022. DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i43pe203360. Disponível em: https://revistas.usp.br/africa/article/view/203360.. Acesso em: 21 nov. 2024.