Breve história ambiental e sociocultural da alimentação no Brasil: do descobrimento a meados do século XX
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1808-1150.v0i17p59-92Palavras-chave:
Alimentação sustentável, Agroecologia, Hábitos alimentares, Segurança alimentar, Soberania alimentarResumo
A alimentação resulta de fatores sócioculturais e ambientais ao longo da história. No Brasil, o primeiro momento foi o encontro das tradições culinárias e da agrobiodiversidade do Mediterrâneo com o trópico americano, na porção nordestina da Mata Atlântica, e a mandioca foi seu elemento central. O segundo momento se associou à mineração nos planaltos do Sudeste, tendo como principais elementos o milho e o feijão. No final dos 1700, já havia uma dieta brasileira, com predomínio de produtos tropicais. Com a transferência da sede do Império Português para o Brasil, em 1808, os valores sócio-culturais da corte influenciaram fortemente a dieta, em detrimento da adaptação ecológica e do rendimento agronômico. Cresce a participação do arroz, ao qual se atribuía maior status social que ao milho, à mandioca e ao feijão. Com a imigração europeia a partir das últimas décadas do século XIX, cresce a participação do trigo, importado. A alimentação dos brasileiros urbanos se afasta do meio tropical e se vincula aos portos. Um dos maiores desafios para a sustentabilidade da alimentação no Brasil é retropicalizá-la.
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