A virada e a imagem
história teórica do pictorial/iconic/visual turn e suas implicações para as humanidades
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-02672019v27e08Palavras-chave:
Virada visual, Cultura visual, W. J. T. Mitchell, Gottfried BoehmResumo
Este texto historiciza a composição da virada visual e sua importância para as humanidades na contemporaneidade. No Brasil, o debate foi introduzido por Ulpiano Meneses, em artigo hoje antológico, com perspectivas ampliadas posteriormente por Paulo Knauss. A proposta deste artigo é evidenciar o duplo batismo da “virada à imagem”: nos Estados Unidos, em 1992, como pictorial turn por William John Thomas Mitchell no surgimento dos visual studies(estudos visuais); e na Alemanha, em 1994, como iconic turn por Gottfried Boehm, nas bases da atual Bildwissenschaft (ciência da imagem), questão pouco debatida no Brasil. Apresentam-se os desdobramentos do uso da expressão, a transformação da pictorial turn em visual turn na passagem dos anos 1990 para os 2000, e as aproximações entre a vertente norte-americana e a alemã a partir dos anos 2000, o que causaria um retorno às propostas originais. Ao fim do texto condensamos suas propostas para as humanidades e para os estudos da cultura material. A virada pictórica/icônica/ visual é tomada como uma metáfora absoluta, um campo de problematização cuja compreensão deve ser ativada por sua historicização como debate acadêmico e diagnóstico sobre questões do mundo passado e contemporâneo.
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