Trajetória e reconstituição digital de uma canoa do Museu Paulista – USP
DOI :
https://doi.org/10.1590/1982-02672019v27e18d1Mots-clés :
Canoa, Monções, Museu, Fotogrametria, Anatomia da madeiraRésumé
Nesse artigo, pretende-se elaborar a trajetória expositiva do beque de proa de uma canoa pertencente ao acervo do Museu Paulista desde seu ingresso na instituição, em 1924, até os dias atuais, refletindo sobre a construção da memória das monções no museu ao longo do tempo. Também serão abordadas as atividades interdisciplinares realizadas entre o Museu Paulista, o Laboratório de Anatomia Vegetal do Instituto de Biociências – USP e o Departamento de Engenharia Naval da Escola Politécnica – USP, a fim de melhor compreender a constituição do canoão, agora musealizado, por meio dos resultados obtidos a partir da pesquisa histórica, dos trabalhos de conservação, dos processos de identificação anatômica da madeira e de fotogrametria de curto alcance.
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