Tumba, templo e pirâmide: arquitetura e repatriação no Grande Museu Egípcio

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DOI :

https://doi.org/10.1590/1982-02672021v30e5

Mots-clés :

Arquitetura contemporânea, Acervos museológicos, Grande Museu Egípcio, Repatriação

Résumé

Este artigo analisa os projetos de arquitetura contemporânea referentes a novos museus e sua relação com a demanda pela repatriação de acervos museológicos. A metodologia baseia-se no estudo do projeto arquitetônico do Grande Museu Egípcio (GME) – ainda em fase de consolidação – em diálogo com as experiências do Museu da Acrópole, em Atenas, e do Museu Real do Benim. Localizado a cerca de dois quilômetros das Pirâmides de Gizé, o GME está sendo construído com padrões de excelência para acondicionar e expor suas coleções egiptológicas. Seu desenvolvimento foi fruto de uma competição internacional de arquitetura promovida pelo governo egípcio, que selecionou três projetos finalistas: Rizzi, Himmelblau e Peng. Entendemos que essas propostas podem ser interpretadas a partir de três figuras importantes que nortearam o desenvolvimento de formas arquitetônicas contemporâneas: a tumba, o templo e a pirâmide. Consideramos que o projeto do GME está vinculado ao processo de consolidação da estruturação museal egípcia, que pode se relacionar aos pedidos de repatriação (ou mesmo empréstimo) de acervos museológicos, empreendidos desde 2002 no país pelo arqueólogo egípcio Zahi Hawass. Acreditamos que o caso do GME, assim como os outros exemplos citados, contribui para desarticular o argumento da falta de condições para armazenamento e pesquisa dos acervos museológicos.

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Biographies de l'auteur

  • Bianca Manzon Lupo, Universidade de Mogi das Cruzes

    Professora nos cursos de arquitetura e urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e da Universidade Nove de Julho (Uninove). Doutoranda e mestra em história e fundamentos da arquitetura e do urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Especialista em museologia, colecionismo e curadoria pelo Centro Universitário Belas Artes de São
    Paulo (Febasp). Arquiteta e urbanista pela FAU-USP, com passagem pelo Politecnico di Milano (Polimi, Itália). Filiada ao Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus (Icom-BR). E-mail: bianca.lupo@usp.br

  • Karine Lima da Costa , Universidade Estadual do Paraná

    Professora colaboradora do curso de Museologia da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Licenciada, bacharela e mestra em história pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); doutora em história pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc); e bacharela em museologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E-mail: kakalima1@gmail.com

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Publiée

2022-03-28

Numéro

Rubrique

Musées

Comment citer

LUPO, Bianca Manzon; COSTA , Karine Lima da. Tumba, templo e pirâmide: arquitetura e repatriação no Grande Museu Egípcio. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 30, p. 1–34, 2022. DOI: 10.1590/1982-02672021v30e5. Disponível em: https://revistas.usp.br/anaismp/article/view/181240.. Acesso em: 27 déc. 2024.