Cultura material e práticas sociais no Caminho do Viamão: paisagens toponímicas, arqueologia do cotidiano das viagens, perfil e bagagem dos tropeiros (séculos XVIII e XIX)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-02672021v29d1e18

Palavras-chave:

Arqueologia da paisagem, Cultura material, Geografia retrospectiva, Caminho do Viamão, Toponímia, Cotidiano dos tropeiros

Resumo

Este artigo versa sobre métodos de leitura da paisagem e da cultura material, com foco na Carta geographica de projeção espherica da Nova Lusitânia ou América Portugueza e Estado do Brazil (1797), entrecruzada com relatos de práticos, engenheiros militares, naturalistas, pintores viajantes e maços de população coevos. De perfil arqueológico-filológico e em busca dos vestígios de uma fenomenologia dos modos de ser e estar em escala macrorregional, este artigo envereda pelo estudo da toponímia e preocupa-se em desvelar camadas de tempo, descrever e contextualizar dinâmicas, lógicas antrópicas de enraizamento e de mobilidade, fluxos em caminhos e rios nas suas possibilidades e dificuldades de comunicação. O Caminho do Viamão é aqui um pretexto para exercitar o que chamamos de Arqueologia da Paisagem, além de permitir espacializar territorialidades interimperiais analisadas do ponto de vista de suas dinâmicas cotidianas, com foco na cultura material e nas práticas sociais em suas
interfaces com aspectos geomorfológicos e fitofisionômicos. No artigo, essa paisagem cultural
é analisada em sua pluralidade, natural e antrópica, por meio de fontes primárias do século XVIII e dos primórdios do XIX, descrevendo-se o dia a dia das comitivas, o perfil social dos viajantes e o que havia na bagagem dos tropeiros.

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Biografia do Autor

  • Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno, Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

    Graduada em história pela Universidade de São Paulo (USP) e em artes plásticas pela Fundação
    Armando Álvares Penteado (Faap). Doutora e livre-docente em arquitetura e urbanismo pela USP. Desde 2002 leciona as disciplinas de História da Urbanização e do Urbanismo no Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU-USP), onde atualmente é professora associada. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq PQ 2, desde 2012. Atualmente desenvolve o projeto de pesquisa “Sig Histórico e canteiro em foco: paisagem urbana e arquitetura do Escritório Técnico Ramos de Azevedo, Severo & Villares” – Processo: 311861/2019-9 (2020 a 2023). E-mail: beatrizbueno@usp.br

  • Alice Pereira Barreto, Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

    Graduanda em arquitetura e urbanismo pela FAU-USP, bolsista de iniciação científica (CNPq/Pibic).
    E-mail: alicepbarreto@usp.br

  • Guilherme Silvério Dias, Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

    Graduando em arquitetura e urbanismo pela FAU-USP, bolsista de iniciação científica (CNPq/Pibiti).
    E-mail: guilherme.silverio.dias@usp.br

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Publicado

2021-07-12

Edição

Seção

ECM/Dossiê: História da Urbanização no Brasil

Dados de financiamento

Como Citar

BUENO, Beatriz Piccolotto Siqueira; BARRETO, Alice Pereira; DIAS, Guilherme Silvério. Cultura material e práticas sociais no Caminho do Viamão: paisagens toponímicas, arqueologia do cotidiano das viagens, perfil e bagagem dos tropeiros (séculos XVIII e XIX). Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 29, p. 1–87, 2021. DOI: 10.1590/1982-02672021v29d1e18. Disponível em: https://revistas.usp.br/anaismp/article/view/171841.. Acesso em: 3 dez. 2024.