A Bienal de São Paulo e o macete do game

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2025.233383

Palavras-chave:

Heitor dos Prazeres, Wellington Virgolino, A Noiva – Igreja do Reino da Arte, Bienal de São Paulo, Primitivismo

Resumo

A partir do entendimento da arte como “macete do game” (Raoni Azevedo/A Noiva – Igreja do Reino da Arte), o ensaio aproxima as estratégias de Heitor dos Prazeres e Wellington Virgolino no âmbito de suas participações em diferentes edições da Bienal de São Paulo. Considerados, pela instituição e pela crítica de então (décadas de 1950/60), como “primitivos”, os artistas lograram instrumentalizar a Bienal, revertendo preconceitos estéticos e raciais em estratégias para “vencer no jogo da vida”, tal como na definição de A Noiva. Ao longo do texto, temas como primitivização, branquitude, agência, crítica institucional e cronopolítica são endereçados.

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Biografia do Autor

  • Clarissa Diniz, Universidade Federal do Rio de Janeiro, (UFRJ), Brasil

    Curadora e escritora em arte. Graduada em Lic. Ed. Artística/Artes Plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e doutoranda no Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (IFCS, UFRJ). Foi gerente de conteúdo do Museu de Arte do Rio - MAR entre 2013 e 2018, onde desenvolveu também projetos curatoriais. Entre 2006 e 2015, foi editora da Tatuí, revista de crítica de arte. Publicou os livros Crachá: aspectos da legitimação artística (Recife: Massangana, 2008), Gilberto Freyre (Rio de Janeiro: Coleção Pensamento Crítico, Funarte, 2010), em coautoria com Gleyce Heitor; Montez Magno (Recife: Grupo Paés, 2010), em coautoria com Paulo Herkenhoff e Luiz Carlos Monteiro; e Crítica de arte em Pernambuco: escritos do século XX (coautoria com Gleyce Heitor e Paulo Marcondes Soares. Rio de Janeiro: Azougue, 2012), dentre outros.

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Publicado

2025-03-21

Edição

Seção

Dossiê Deslocamentos da História e da Crítica de Arte: 1970-2020

Como Citar

Diniz, C. (2025). A Bienal de São Paulo e o macete do game. ARS (São Paulo), 23, e-233383. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2025.233383