Avaliação da sincronização da ovulação para inseminação artificial em tempo fixo em bubalinos (Bubalus bubalis)

Autores

  • Pietro Sampaio Baruselli Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Reprodução Animal, São Paulo, SP
  • Ed Hoffman Madureira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Reprodução Animal, São Paulo, SP
  • Valquíria Hippollito Barnabe Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Reprodução Animal, São Paulo, SP
  • Renato Campanarut Barnabe Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Reprodução Animal, São Paulo, SP
  • Rodolfo Cassimiro de Araújo Berber Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Reprodução Animal, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-95962003000600007

Palavras-chave:

Sincronização da ovulação, GnRH, Búfalos, Ovsynch

Resumo

O objetivo desse estudo foi avaliar eficiência do protocolo de sincronização da ovulação (GnRH/PGF2alfa/GnRH) para inseminação artificial em tempo fixo em bubalinos. No Experimento 1, trinta e três búfalas com 60 dias pós-parto, foram separadas em dois grupos para avaliação da dinâmica folicular (Grupo 1, n = 16, 10mg de GnRH/15mg de PGF2alfa/10mg de GnRH; Grupo 2, n = 17, 20mg de GnRH/PGF2alfa/10mg de GnRH). Exames ultra-sonográficos foram realizados de 12 em 12 horas para verificar a resposta ovariana à primeira aplicação de GnRH. Outras avaliações foram realizadas nos dias da aplicação da PGF2alfa e do segundo GnRH. Em seguida, foram realizados exames de 6 em 6 horas até o momento da ovulação. Foram colhidas amostras de sangue nos dias das aplicações para avaliar as concentrações de progesterona no momento das administrações hormonais. No Experimento 2, foi verificada a eficiência da sincronização da ovulação para inseminação artificial em tempo fixo (16 horas após o segunda dose de GnRH, n=1053), durante as estações reprodutiva favorável e desfavorável, nos anos de 1998 e 1999. Os animais receberam 20mg de GnRH/PGF2alfa/10mg de GnRH. Ainda, foi analisada a influência da condição corporal, ordem de partos, período pós-parto ao início do tratamento, ano e a estação reprodutiva (favorável ou desfavorável), sobre a taxa de concepção. No Experimento 1, verificou-se que 33,0 ± 8,3h após a primeira aplicação de GnRH, 60,60% dos animais ovularam (Grupo 1 = 70,5 vs. Grupo 2 = 50,00%; P>;0,05). A dose de GnRH (10mg vs. 20mg) e a concentração de progesterona no início do tratamento não interferiu na ovulação (P>;0,05). Os animais que ovularam (n = 20) após a primeira aplicação de GnRH apresentaram maior diâmetro folicular (P;0,05). No Experimento 2, observou-se taxa de concepção de 45,40% (n = 1053). Animais sincronizados durante a estação reprodutiva favorável apresentaram melhores taxas de concepção quando comparados ao período desfavorável (48,80% vs. 6,90%; P < 0,05). A taxa de concepção foi influenciada pela condição corporal dos animais e pela ordem de partos durante a estação reprodutiva favorável (P;0,05). Em conclusão, os Experimentos indicaram que a utilização da sincronização da ovulação para inseminação artificial em tempo fixo, durante a estação reprodutiva favorável, apresenta resultados satisfatórios em bubalinos, podendo ainda ser melhorados quando utilizadas búfalas multíparas com bom estado corporal no início do tratamento.

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Publicado

2003-01-01

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Baruselli PS, Madureira EH, Barnabe VH, Barnabe RC, Berber RC de A. Avaliação da sincronização da ovulação para inseminação artificial em tempo fixo em bubalinos (Bubalus bubalis). Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de janeiro de 2003 [citado 30º de junho de 2024];40(6):431-42. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/11296