Ocorrência e caracterização genética de Staphylococcus aureus em amostras de leite de gado com mastite, na equipe de um Hospital Veterinário e em pessoas que trabalham com o gado leiteiro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2017.115947Palavras-chave:
Staphylococcus aureus, ARDRA, mecA gene, SARMResumo
Staphylococcus aureus está entre os microrganismos que apresentam as maiores taxas de morbidade e mortalidade em seres humanos e animais. Linhagens de S. aureus resistentes a meticilina podem causar surtos de infecção em todo o mundo, o que contribui para a escassez de arsenal terapêutico. Este trabalho analisou o perfil epidemiológico de estirpes de S. aureus isoladas de pessoas que trabalham em contato com animais em um hospital veterinário com gado leiteiro e também em amostras de leite de vacas acometidas por mastite. As estirpes de S. aureus isoladas foram caracterizadas fenotipicamente por meio de antibiograma, testes de catalase e coagulase, e pelo teste de Voges-Proskauer. As amostras também foram caracterizadas genotipicamente pela técnica de Analise de Restricao de DNA Ribossomico Amplificado (ARDRA-PCR). Das 218 estirpes isoladas, 27 foram identificados como S. aureus (12%). Entre essas, quatro estirpes foram resistentes a oxacilina e duas classificadas como SARM (S. aureus resistente a meticilina). A ocorrência de estirpes de S.aureus isoladas entre o pessoal que trabalha em contato com os animais foi baixa (2%), mas estirpes identificadas como SARM foram encontradas na equipe clínica. As análises de ARDRA realizadas com as enzimas de restrição HindIII e HinfII demonstraram que S. aureus isolados de diferentes indivíduos que trabalhavam com animais foram agrupados no mesmo cluster. Quando a ARDRA foi realizada com HaeIII foi observada formação de dois grupos, mas os isolados não se correlacionaram. Conclusão: a ocorrência de estirpes de S. aureus isoladas foi maior na equipe clínica, apresentando também correlação de 100% nos ensaios bioquímicos e moleculares.
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