Caracterização ultrassonográfica de órgãos abdominais de filhotes de gambá

Autores

  • Eduarda Aléxia Nunes Louzada Dias Cavalcanti Universidade Federal de Pelotas https://orcid.org/0000-0002-4898-7428
  • Guilherme Albuquerque de Oliveira Cavalcanti Universidade Federal de Pelotas
  • Raqueli Teresinha França Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2024.216172

Palavras-chave:

Animais silvestres, Didelfídeos, Ultrassom, Órgãos abdominais

Resumo

A ultrassonografia abdominal é um importante recurso para o diagnóstico de inúmeras afecções na medicina veterinária. A descrição dos achados ultrassonográficos dos órgãos abdominais considerados normais é importante para o direcionamento do diagnóstico e acompanhamento da terapêutica. Especialmente na medicina de animais silvestres, poucos estudos são realizados nesta área, por exemplo os gambás, embora amplamente distribuídos pelas Américas e frequentemente encaminhados para os centros de atendimento de animais silvestres, pouco se sabe na área da ultrassonografia. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar os órgãos abdominais de gambás filhotes saudáveis. Foram avaliados 38 gambás (19 machos e 19 fêmeas) com peso entre 110 e 180 gramas. Não houve diferença significativa entre os sexos, entretanto, foi observado diferença entre as classes de pesos na mensuração dos rins e a parede da vesícula urinária. A espessura média, em centímetros, da parede gástrica foi de 0,13 (±0,01), da vesícula biliar foi de 0,05 (±0,01) e do cólon foi de 0,15 (±0,17). Na avaliação subjetiva, as características dos órgãos como ecotextura e ecogenicidade foram similares as descritas na literatura estudada e as medidas obtidas são específicas para a espécie.

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Publicado

2024-11-11

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Como Citar

1.
Cavalcanti EANLD, Cavalcanti GA de O, França RT. Caracterização ultrassonográfica de órgãos abdominais de filhotes de gambá. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 11º de novembro de 2024 [citado 26º de dezembro de 2024];61:e216172. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/216172