Inibição da migração larval em tecidos de camundongos imunizados com antígenos de Toxocara vitulorum

Autores

  • Silvia Helena Silvestre de Paula Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia, Departamento de Biologia e Zootecnia, Ilha Solteira, SP
  • Wilma Aparecida Starke-Buzetti Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia, Departamento de Biologia e Zootecnia, Ilha Solteira, SP
  • Maria Francisca Neves Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia, Departamento de Biologia e Zootecnia, Ilha Solteira, SP
  • Fabiano Pan Ferreira Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia, Departamento de Biologia e Zootecnia, Ilha Solteira, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2005.26436

Palavras-chave:

Mus musculus, Toxocara vitulorum, Imunização, Camundongos

Resumo

Três grupos de camundongos foram imunizados com os seguintes antígenos de Toxocara vitulorum : fluido perientérico (Pe) do parasita adulto, antígenos extrato solúvel bruto (Ex) e excretor/secretor (ES) de larvas infectantes. Estes três grupos foram comparados com o grupo controle, não imunizado. Todos os grupos foram desafiados uma semana após a imunização com ovos infectantes deste parasita e necropsiados em três períodos diferentes após o desafio: sete horas, quatro dias e 30 dias pós-infecção. Realizou-se a contagem de ovos e de larvas nas fezes dos camundongos e o grupo imunizado com antígeno do fluído perientérico (Pe) foi o que eliminou a maior quantidade de larvas. Após a necropsia, realizou-se a retirada do intestino delgado, intestino grosso, fígado, pulmão, coração, cérebro e músculos (diafragma, língua e quadríceps femoral). Estes tecidos sofrearam digestão péptica e as larvas foram identificadas e contadas em cada um deles. O maior número de larvas foi encontrado no intestino grosso no período de sete horas após o desafio, em todos os grupos examinados, porém, este número foi significativamente inferior nos grupos imunizados. Com quatro dias após o desafio, as larvas concentravam-se, preferencialmente, no fígado e pulmões, e os grupos imunizados apresentaram uma quantidade muito menor de larvas, significativo para o fígado e pulmão em relação ao grupo controle. No período de 30 dias após o desafio, as larvas recuperadas no cérebro e no músculo, mesmo que em pequena quantidade, demonstraram capacidade de alcançar estes tecidos. A efetividade desta imunização baseou-se na redução do número de larvas de T. vitulorum no fígado no quarto dia pós-infecção em relação ao controle, que foi de 86%, 79% e 58% para o antígeno Ex, Pe e ES, respectivamente. O camundongo foi considerado um modelo apropriado para estudar a relação parasita-hospedeiro das infecções por T. vitulorum.

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Publicado

2005-06-01

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Paula SHS de, Starke-Buzetti WA, Neves MF, Ferreira FP. Inibição da migração larval em tecidos de camundongos imunizados com antígenos de Toxocara vitulorum. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de junho de 2005 [citado 3º de julho de 2024];42(3):222-30. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/26436