Protozoários intestinais em primatas não-humanos apreendidos

Autores

  • Paulo Roberto de Carvalho Filho Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ
  • Sergian Vianna Cardozo Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ
  • Carlos Torres Ribeiro IBAMA, Centro de Triagem de Animais Silvestres
  • Simoni Machado de Medeiros Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ
  • Carlos Wilson Gomes Lopes Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Veterinária, Departamento de Parasitologia Animal, Seropédica, RJ

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2006.26483

Palavras-chave:

Micos-saguí, Bugios marrons, Cryptosporidium, Blastocystis hominis, Primatas não humanos

Resumo

O objetivo deste estudo foi identificar protozoários intestinais em amostras fecais de primatas neotropicais não-humanos, comercializados ilegalmente, apreendidos por autoridades governamentais, e enviados para um centro de triagem de animais silvestres no município de Seropédica, Estado do Rio de Janeiro, sob a administração do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais. Fezes de micos-saguí (cruzamento entre Callithrix jacchus e C. penicillata) e bugios marrons (Alouatta fusca) foram coletados e submetidos à técnica de centrifugo-sedimentação de Ritchie. Esfregaços foram confeccionados com o sedimento e submetidos à coloração pelas técnicas da safranina-azul de metileno e Tricrômio modificada de Wheatley. Três (100%) amostras fecais de bugios marrons e oito (88,9%) de micos-saguí foram positivos para oocistos de Cryptosporidium. Formas de Blastocystis homonis-simile foram observadas em todas as amostras de bugios marrons e em 66,7% (6/9) de micos-saguí. Primatas neotropicais não-humanos como os micos-saguí originados do cruzamento de espécies de Callithrix e a espécie A. fusca podem abrigar formas similarmente identificadas como organismos com potencial zoonótico. O contato estrito entre macacos e humano pode representar riscos para ambos por transmissão mútua de patógenos. Não está esclarecida se as espécies de macacos estudadas no presente trabalho são também infectadas com estes parasitos em ambiente natural ou adquirem estes quando submetidos ao contato humano. Estresse é também um fator que merece atenção para os animais submetidos à captura, apreensão e transporte para o centro de triagem de animais silvestres.

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Publicado

2006-06-01

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Carvalho Filho PR de, Cardozo SV, Ribeiro CT, Medeiros SM de, Lopes CWG. Protozoários intestinais em primatas não-humanos apreendidos. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de junho de 2006 [citado 17º de julho de 2024];43(3):354-61. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/26483