Diagnóstico de carência energética em bovinos por testes de metabolismo ruminal

Autores

  • Pierre Castro Soares Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Medicina Veterinária, Recife, PE
  • Celso Akio Maruta Universidade de São Paulo, Faculade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Veterinária, São Paulo, SP
  • Maria Claudia Araripe Sucupira Dra. Vallée S.A., São Paulo, SP
  • Clara Satsuki Mori Universidade de São Paulo, Faculade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Veterinária, São Paulo, SP
  • Sandra Satiko Kitamura Universidade de São Paulo, Faculade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Veterinária, São Paulo, SP
  • Alexandre Coutinho Antonelli Universidade de São Paulo, Faculade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Veterinária, São Paulo, SP
  • Enrico Lippi Ortolani Universidade de São Paulo, Faculade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Veterinária, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2006.26515

Palavras-chave:

Bovinos, Carência energética, Diagnóstico, Metabolismo ruminal, Provas ruminais

Resumo

Avaliou-se o metabolismo ruminal de bovinos submetidos ou não a dietas carentes em energia, por meio de provas bioquímicas e funcionais no fluido ruminal e urinário com finalidade diagnóstica. Para tal, foram utilizados 10 garrotes mestiços providos de cânula ruminal que foram divididos em dois grupos, ou seja: controle (C; n=4) dieta balanceada para ganho diário de 900 g e carência pronunciada de energia (CP; n=6) recebendo 30% a menos do nível de mantença em energia. Após os bovinos serem alimentados por 140 d foram coletadas amostras de fluido ruminal e urina antes da alimentação e nas 1ª, 3ª, 6ª e 9ª h seguintes. A carência energética provocou diminuição significativa nos teores ruminais de AGVs totais, ácidos propiônico e butírico, amônio, elevando-se o tempo da prova de redução do azul de metileno (RAM) e menor produção de gases no teste de fermentação de glicose (FG); o índice de excreção urinária de alantoína (IEUA) também foi menor. A carência provocou aumento na porcentagem molar de ácido acético. Não se verificou efeito dos tratamentos sobre o pH ruminal. Existiram correlações positivas de grande intensidade entre FG e AGVs e amônia, e de média intensidade entre FG e amônia e IEUA, assim como de correlação negativa, de média intensidade, entre RAM e AGVs, amônia, FG e IEUA. Com exceção do pH todas as análises estudadas detectaram alterações no metabolismo ruminal provocada pela carência energética. Porém, considerando-se a praticidade dos testes, recomenda-se a prova do RAM, seguida pela FG para um diagnóstico rápido e sensível deste quadro carencial.

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Publicado

2006-02-01

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Soares PC, Maruta CA, Sucupira MCA, Mori CS, Kitamura SS, Antonelli AC, et al. Diagnóstico de carência energética em bovinos por testes de metabolismo ruminal. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de fevereiro de 2006 [citado 30º de junho de 2024];43(1):33-41. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/26515