Avaliação do potencial da polpa cítrica em provocar acidose láctica ruminal aguda em bovinos

Autores

  • Raimundo Alves Barrêto Júnior Universidade Federal Rural do Semi-árido
  • Antonio Humberto Hamad Minervino Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Médica, São Paulo, SP
  • Frederico A. Mazzocca Lopes Rodrigues Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Médica, São Paulo, SP
  • Alexandre Coutinho Antonelli Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Médica, São Paulo, SP
  • Maria Claudia Araripe Sucupira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Médica, São Paulo, SP
  • Clara Satsuki Mmori Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Médica, São Paulo, SP
  • Enrico Lippi Ortolani Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Médica, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-95962008000600002

Palavras-chave:

Acidose láctica, Polpa cítrica, pH ruminal, Bovinos

Resumo

Com o objetivo de avaliar o potencial da polpa cítrica (PC) em provocar acidose láctica ruminal aguda (ALRA), 15 bovinos com peso médio de 160 kg providos de cânula ruminal não-adaptados à dieta contendo concentrado foram alocados aleatoriamente em três grupos: CONTROLE animais receberam apenas a dieta basal; SACAROSE animais receberam sacarose diretamente no rumem a fim de provocar ALRA; POLPA - grupo que recebeu subitamente alta quantidade de PC no rúmen (equivalente a 1,65% do peso corporal). Em vários tempos no decorrer de 24 horas, após administração dos substratos, foram determinados o volume globular, pH, excesso de bases (BE) e lactato total no sangue e pH e concentração de ácido láctico total no conteúdo ruminal. Exame clínico foi realizado no decorrer do 1º dia e o consumo de alimento acompanhado nos próximos sete dias. A administração de sacarose provocou um característico quadro de ALRA com o desenvolvimento de acidose ruminal e sistêmica, apatia, desidratação, diarréia e taquicardia. Por outro lado, a polpa cítrica produziu discreta e temporária acidose ruminal, atingindo na 6ª hora o pH ruminal mais baixo (5,35), sem provocar acidose sistêmica e quadro clínico mais evidente de ALRA, com exceção de uma diminuição temporária na ruminação e eliminação de fezes semilíquidas. A regularização do apetite ocorreu após dois dias no grupo com PC e sete dias no grupo com sacarose. Tais resultados indicam que a polpa cítrica pode ser utilizada na alimentação de bovinos com baixo risco de provocar ALRA.

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Publicado

2008-12-03

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Barrêto Júnior RA, Minervino AHH, Rodrigues FAML, Antonelli AC, Sucupira MCA, Mmori CS, et al. Avaliação do potencial da polpa cítrica em provocar acidose láctica ruminal aguda em bovinos. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 3º de dezembro de 2008 [citado 17º de julho de 2024];45(6):421-8. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/26664