Identificação de Cooperia punctata (Linstow, 1907) resistente a ivermectina e doramectina em um rebanho leiteiro no Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Autores

  • José Márcio Sbruzzi Cardoso Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Veterinária, Seropédica, RJ
  • Isabella Vilhena Freire Martins Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Veterinária, Seropédica, RJ
  • Flávio Barros Sant'anna Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Veterinária, Seropédica, RJ
  • Thaís Ribeiro Correia Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Veterinária, Seropédica, RJ
  • Ian Philippo Tancredi Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Veterinária, Seropédica, RJ
  • Katherina Coumendouros Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Veterinária, Seropédica, RJ
  • Michelle Goldan de Freitas Tancredi Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Veterinária, Seropédica, RJ
  • Fabio Barbour Scott Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Veterinária, Seropédica, RJ
  • Laerte Grisi Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Veterinária, Seropédica, RJ

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1413-95962008000700010

Palavras-chave:

Resistência, Ivermectin, Doramectina, Cooperia, Bovino

Resumo

Resistência antihelmíntica é um problema potencial para o controle de nematodas em bovinos e pode causar perdas econômicas na indústria de bovinos leiteiros e de cortes. O objetivo deste estudo foi determinar a eficácia da ivermectina, doramectna e abamectina em bezerros infectados naturalmente e experimentalmente para Cooperia punctata em um rebanho bovino leiteiro. Testes de redução da contagem de ovos fecais foram conduzidos em bezerros infectados naturalmente que foram tratados com soluções injetáveis de ivermectina, doramectina e abamectina. Amostras fecais foram colhidas no dia do tratamento, dia 0, e nos dias 7 e 14 após o tratamento e cultura de larvas foram feitas nas amostras positivas. Um teste controlado foi realizado usando 18 bezerros infectados artificialmente,alocados em três grupos com seis animais cada: Grupo I - controle, sem tratamento; Grupo II - ivermectina, solução injetável, 200µg/kg; Grupo III - doramectina, solução injetável, 200µg/kg. Amostras fecais foram colhidas no dia do tratamento, dia 0, e nos dias 3, 7, 9 e 14 após o tratamento. Nos dias 14, 15 e 16, dois animais de cada grupo foram eutanaziados e cargas de parasitos pulmonares e gastrintestinais foram determinados. Os resultados dos testes de redução da contagem de ovos fecais em bezerros infectados naturalmente mostraram redução no dia 14 após o tratamento de - 4,45 a 11,49% para ivermectina; 32.31 a 60.40% para doramectina e 85,05% para abamectina. O único parasito identificado na cultura de larvas foi Cooperia spp. O Teste Controlado mostrou uma redução da contagem de ovos fecais no dia 14 após o tratamento de 51.47% e 96.08% para ivermectina e doramectina, respectivamente. Redução da contagem de adultos neste teste controlado foi de 53.91% e 82.43% para ivermectina e doramectina, respectivamente. Somente C. punctata foi recuperado nas necropsias. Assim, esta cepa de C. punctata foi considerado resistente ao tratamento com ivermectina e doramectina e sugere uma possível resistência para abamectina pelo teste de redução da contagem de ovos fecais.

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Publicado

2008-12-01

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Cardoso JMS, Martins IVF, Sant'anna FB, Correia TR, Tancredi IP, Coumendouros K, et al. Identificação de Cooperia punctata (Linstow, 1907) resistente a ivermectina e doramectina em um rebanho leiteiro no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de dezembro de 2008 [citado 17º de julho de 2024];45(supl.):75-81. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/26732